O voto de condenação, proposto pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, mereceu o voto favorável de todos os partidos presentes no plenário do parlamento.
A condenação “pelo atentado contra a vida do antigo presidente dos EUA Donald Trump” recorda a tentativa de assassinato que decorreu no sábado, num comício na Pensilvânia, e “que esteve perigosamente próximo do sucesso”.
Este ataque, segundo o mesmo texto, “deixou ferido o antigo chefe de Estado e vitimou duas outras pessoas”, entre os quais quem disparou sobre Trump, estando algumas das circunstâncias ainda a ser apuradas.
“O facto de este atentado se dirigir, não apenas contra um antigo chefe de Estado, mas também contra um candidato às eleições presidenciais torna-o num ato particularmente grave: uma intervenção violenta que ataca os mais basilares fundamentos da convivência cívica, da paz social e da possibilidade de uma alternância pacífica e democrática no poder”, lamentou.
O parlamento português condenou assim “com veemência este ataque, bem como todos os atos de violência com motivações políticas”.
Os deputados reafirmam “a sua defesa incondicional do Estado de Direito, do sistema democrático e dos seus valores fundamentais” e enfatizam que “a democracia é o modo mais justo, mais eficaz e mais moral de salvaguardar a convivência pacífica entre opiniões discordantes”.
Da Assembleia da República seguiram ainda as condolências à família da vítima mortal e votos de uma pronta recuperação a todos os afetados.
O texto refere ainda que inúmeras figuras do panorama nacional e internacional se juntaram na condenação a este ato, entre elas, o presidente dos EUA, Joe Biden, e os antigos Presidentes dos EUA, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama.
Trump, com 78 anos, sofreu ferimentos ligeiros numa orelha durante um ataque a tiro de que foi vítima durante um comício de pré-campanha para as presidenciais norte-americanas de novembro, que decorria no estado da Pensilvânia.
Duas pessoas morreram no ataque, incluindo o atirador, identificado pela polícia federal norte-americana (FBI) como Thomas Matthew Crooks, 20 anos, que abriu fogo a partir de um telhado perto do local do comício.
Outras duas pessoas ficaram feridas no ataque.
Lusa