O voto de protesto foi aprovado com os votos favoráveis dos deputados do PSD, CDS-PP, PTP e PCP, a abstenção do PS (com exceção de um elemento da bancada), BE e JPP, e os votos contra do deputado independente Gil Canha e do deputado do PS Avelino Conceição.
"Os madeirenses, todos os anos pelo Natal e pelo Ano Novo e aí pelo mês de junho, têm uma espécie de entretenimento ideal que é queixar-se da TAP. De quem mais é que se poderiam queixar? Não os vejo queixar-se da EasyJet, que carrega nas tarifas quando a procura ultrapassa largamente a oferta", disse aos jornalistas o administrador da TAP a 25 de novembro, em Macau, à margem do 43.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT).
Posteriormente, Diogo Lacerda Machado afirmou que estas declarações não representavam "qualquer forma de desconsideração da Madeira".
"Em circunstância alguma ousaria incorrer em qualquer forma de desconsideração da Madeira e dos concidadãos madeirenses, que seria indevida e injustificada", referiu, quatro dias depois, numa declaração escrita enviada à agência Lusa.
O parlamento regional considerou, contudo, que as afirmações feitas em Macau "são inaceitáveis".
"Estas afirmações, não contrariadas pelo primeiro-ministro, nem pelo ministro da tutela, assim como pelo restante Conselho de Administração, apenas revelam a ideia e postura de desprezo que a TAP tem da Madeira e dos madeirenses", diz o documento.
A assembleia manifesta “o seu mais veemente protesto pela total falta de respeito pelos madeirenses manifestada pela administração da TAP, em especial pelo dr. Diogo Lacerda, o que revela um posicionamento lesivo em primeiro lugar dos cidadãos madeirenses e, em segundo, do atual Governo da República e do primeiro-ministro”.
Na sessão de hoje foi também aprovada uma alteração orgânica do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, cujo Conselho Consultivo, até agora com um presidente e um vice-presidente, passa a ser composto por um presidente e dois vogais.
O objetivo, segundo a secretária regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, é tornar o organismo “mais ágil".
C/ LUSA