“Não há vítimas. De momento não há ninguém que corra qualquer perigo de vida”, disse a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, em declarações aos jornalistas, acrescentando que “a preocupação é garantir a segurança de todos os doentes” e “da população da ilha de São Miguel, cujo número está este fim de semana muito acima daquilo que é o habitual”, devido às festas do Santo Cristo.
Numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, a secretária regional explicou que o incêndio colocou em causa “o fornecimento de energia ao Hospital” e que “o fumo se propagou em diversas áreas” do Hospital do Divino Espírito Santo, na ilha de São Miguel.
A titular pela pasta da Saúde disse ainda que já foram transferidos os doentes que “estavam internados na unidade de cuidados intensivos neonatais e também nos adultos” e já foram “sinalizados doentes dos cuidados intermédios e dos cuidados paliativos para uma reposta mais diferenciada”.
Segundo explicou a governante, as autoridades entraram em contacto com a Unidade de Saúde da ilha de São Miguel que tem Centros de Saúde com capacidade de internamento e com o Hospital privado da CUF e com a clínica do Bom Jesus, na ilha de São Miguel, que “prontamente se disponibilizaram para ajudar”.
“Para garantir o acesso a cuidados de saúde à população de imediato acionamos as unidades básicas de urgência dos Centros Saúde que vão funcionar durante 24 horas, porque o serviço de urgência do Hospital de Ponta Delgada está de momento encerrado”, disse ainda Mónica Seidi.
Em caso de situações mais graves os doentes deverão ser encaminhadas para o Serviço de Urgência do Hospital privado da CUF, localizado na ilha de São Miguel, que está articulado com as equipas do Hospital de Ponta Delgada.
Quanto ao Bloco de Partos e Operatório, que estão também de momento encerrados, já foi definido, em articulação com a CUF, um plano para atender a urgências, por via do reforço de elementos do Hospital de Ponta Delgada.
“Há esta preocupação de garantir a segurança dos utentes e da população residente”, vincou a secretária regional, admitindo em caso de necessidade evacuar doentes para outras ilhas.
Mónica Seidi explicou que o incêndio “deverá ter começado num posto elétrico”.
“Quer o Serviço Regional de Proteção Civil, quer a EDA (Elétrica dos Açores) já estão no local e o Hospital tem geradores para tentar restituir a energia”, acrescentou.
A secretária regional revelou ainda que se prevê que “nos próximos quatro a cinco dias seja difícil restituir a energia normal do Hospital do Divino Espírito Santo”.
Por outro lado, os doentes do serviço de internamento do piso 1 que tem a seu cargo ortopedia, psiquiatria e pediatria “foram todos retirados” e “todas as consultas e cirurgias programadas terão de ser canceladas para já nestes primeiros dias”, segundo a secretária regional da Saúde.
O incêndio, cujo primeiro alerta foi dado pelas 09:40 locais (10:40 em Lisboa), está pelas 15:00 locais circunscrito.