A companhia aérea britânica easyJet transportou 6,3 milhões de passageiros em Portugal entre janeiro e setembro deste ano, conseguindo um novo recorde, apesar de não ter reforçado a frota de aviões baseados no país, foi hoje divulgado.
“Nós, em Portugal, conseguimos ter o nosso recorde de passageiros. Ultrapassámos, pela primeira vez, os seis milhões de passageiros transportados, chegámos aos 6,3 milhões”, destacou, em declarações à agência Lusa, o responsável da easyJet para Portugal, José Lopes.
Segundo José Lopes, este acréscimo aconteceu num ano em que a companhia aérea de baixo custo (‘low cost’) não cresceu “no número de aviões baseados em Portugal”, que são oito.
“Conseguimos este crescimento através de uma maior aposta em Portugal, usando ativos que estão noutros países, aviões de outras bases”, justificou José Lopes.
Aludindo aos diferentes aeroportos do país, José Lopes precisou que, em Lisboa, o crescimento foi de 20%, “em linha com o total do país”, atingindo os 2,5 milhões de passageiros.
Relativamente ao Funchal “ultrapassámos, pela primeira vez, o meio milhão de passageiros”, notou José Lopes, falando num crescimento de 23% para 590 mil passageiros.
Neste último aeroporto, “temos vindo a apostar na criação de novas rotas para a Suíça, também diversificando o nosso portefólio de rotas diretas nesse aeroporto e nessa ilha e também, logicamente, reforçando a nossa capacidade em rotas já existentes, nomeadamente Lisboa-Funchal e alguns dos destinos britânicos”, disse.
“Em termos gerais, o crescimento em Portugal também foi extremamente positivo, em linha com os resultados globais da companhia”, observou o representante da easyJet em Portugal.
A nível europeu, a easyJet aumentou em 10% o total de passageiros transportados entre janeiro e setembro deste ano, para 80 milhões.
“Batemos também o nosso recorde de receitas [vendas], com um aumento de 8%, que corresponde a uma melhoria de um ponto percentual relativamente ao período homólogo”, para 5.652 milhões de euros, sublinhou José Lopes.
O responsável frisou que estes resultados foram conseguidos “num ambiente da indústria extremamente desafiante e competitivo, com muita oferta no mercado”.
Ainda assim, reconheceu os benefícios para a companhia da “seleção natural entre os ‘players’ que operam”, devido à falência da Air Berlin e da Monarch.
Ao mesmo tempo, situações como cancelamentos de voos nos últimos meses na companhia aérea de baixo custo Ryanair possibilitaram uma “consolidação do produto easyJet”, adiantou, notando que, mesmo assim, esta não é uma concorrente direta.
Em 2018, a companhia pretende “continuar a crescer em Portugal”, segundo José Lopes, que não estabeleceu ainda uma meta.
Já falando sobre o aeroporto complementar no Montijo, o responsável disse que este é um “projeto importante” para que “a Portela [aeroporto Humberto Delgado] consiga crescer”.
“A nossa principal preocupação neste momento é que seja maximizada, de alguma forma, a transitabilidade da Portela” até à existência desse aeroporto, previsto para 2019, adiantou.
LUSA