O líder do CDS-PP/Madeira defendeu hoje a revisão do subsídio de mobilidade aérea para os residentes do arquipélago, desafiando os partidos a apoiarem a proposta que será apresentada na Assembleia da República, na discussão do Orçamento do Estado.
“Quer por via do Orçamento do Estado, que vai ser discutido agora na especialidade, quer por via da negociação que está a ser feita junto do Governo da República, através do vice-presidente [do executivo da Madeira], e da abertura que a TAP demonstrou, acreditamos que seja o momento certo para rever o modelo para que os residentes paguem 86 euros e os estudantes 65”, disse António Lopes da Fonseca numa conferência de imprensa, no Funchal.
O responsável do CDS-PP realçou que a revisão desta lei do subsídio de mobilidade aérea “tem dois anos de atraso”, considerando existir um “clima de abertura para que os residentes madeirenses paguem apenas 86 euros e os estudantes 65 euros”.
Lopes da Fonseca realçou que o CDS entregou esta semana na Assembleia da República uma proposta nesse sentido que vai ser discutida em sede de especialidade do Orçamento do Estado para 2018 e que o grupo parlamentar do partido “assumiu como corretíssima e justíssima para a Madeira”.
“Aguardamos pela posição dos demais partidos para ver se vão aprovar a proposta”, declarou, acrescentando que o partido também vai esperar pelo resultado das “reuniões entre Governo Regional e o da República e a TAP” para ver se as pessoas que vivem neste arquipélago e apenas podem sair da região por via aérea “passam a pagar preços mais justos”.
“Não é admissível que continuem a TAP e a Easyjet a praticar preços proibitivos”, argumentou, referindo que nesta altura do ano os valores chegam aos 500/600 euros e que é necessário aproveitar o facto de a transportadora nacional também ter “mostrado abertura para rever o modelo”.
O subsídio de mobilidade estabeleceu o valor das passagens aéreas entre a Madeira e o continente em 86 euros para residentes e 65 euros para estudantes, mas as companhias praticam preços muito superiores, pelo que o Governo Regional devolve o excedente ao passageiro, até um teto máximo de 400 euros por viagem.
O modelo do subsídio estipula também o reembolso a 60 dias se a deslocação for paga com cartão de crédito, outro dos critérios que têm sido criticados e que a região quer ver alterados.
LUSA