Gustavo Petro revelou essa proposta após uma reunião em Bogotá com o seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, garantindo que já havia apresentado anteriormente essa ideia tanto ao Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, como à oposição daquele país.
“Está a ser discutido, mesmo não tendo ainda um resultado concreto”, explicou Petro durante uma aparição pública com Lula da Silva.
Segundo Petro, que se reuniu com Maduro na semana passada, o objetivo do plebiscito é “garantir a quem perder as eleições a certeza e a segurança em relação à sua vida, aos seus direitos, às suas garantias políticas, que qualquer ser humano deve ter no seu respetivo país”, numa aparente tentativa de evitar futuras retaliações do próximo Governo.
Por sua vez, Lula da Silva afirmou que, “no que depender da Colômbia e do Brasil”, a América Latina “continuará a ser uma zona de paz”.
“Só a paz traz progresso, a guerra traz morte e destruição e isso não nos interessa”, declarou o presidente brasileiro, que tal como Petro também questionou as restrições à apresentação de candidatos da oposição na Venezuela para as presidenciais de 28 de julho.
A oposição venezuelana acusou o Governo de Maduro de vetar os principais candidatos às eleições presidenciais, nomeadamente com o impedimento determinado pelas autoridades judiciais da candidatura de María Corina Machado, vencedora das primárias de 2023, e da sua posterior substituta, Corina Yoris.
A Plataforma Democrática Unitária (PUD), que reúne os principais partidos da oposição, está agora tentar apresentar opções e, com esse objetivo, reuniu-se esta semana com o governador Manuel Rosales, que conseguiu inscrever-se no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.
Lusa