“Concordámos em trabalhar juntos para alcançar um cessar-fogo imediato em Gaza e encontrar uma solução política”, disse o governante, que destacou os “esforços conjuntos europeus-árabes para sair da crise” no enclave palestiniano, e sublinhou a sua rejeição “contra qualquer ação militar na cidade palestiniana de Rafah”.
O chefe da diplomacia francesa apelou à abertura das passagens fronteiriça para a entrada de ajuda em Gaza e à libertação de reféns sem condições, ao mesmo tempo que sublinhou a possibilidade de “tomar medidas adicionais contra os colonos israelitas”.
Na sua intervenção, reconheceu o envolvimento do Egito e da Jordânia, uma vez que são países que “estão na linha da frente para enfrentar a tragédia da Faixa de Gaza” e, dada a extensão do conflito na região, afirmou que a “França apresentou propostas para resolver a crise entre Israel e o Líbano”, sem dar mais detalhes.
O seu homólogo egípcio, Sameh Shukri, disse que o Egito continua em frente com a coordenação com França e Jordânia para alcançar a estabilidade regional e resolver a crise em Gazam e reiterou a sua recusa em deslocar os palestinianos das suas terras e a oposição à operação militar em Rafah, onde 1,4 milhões de civis estão amontoados.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, denunciou, por seu lado, os impedimentos ao fornecimento de alimentos e medicamentos aos palestinianos em Gaza, questão que classificou como “uma decisão política de um governo extremista que decidiu usar a fome como arma”.
“Podemos resolver a fome do povo de Gaza num espaço de tempo muito curto, mas o que é necessário é que Israel abra as fronteiras e passagens terrestres para trazer ajuda do Egito e do reino [jordano], e pare de impedir que a ajuda chegue dentro”, acrescentou.
Safadi alertou para a catástrofe humanitária que o povo palestiniano enfrenta, mas também para outra catástrofe: “A incapacidade de toda a comunidade internacional de impedir que extremistas ideológicos, representados pelo primeiro-ministro israelita [Benjamin Netanyahu] e pelos funcionários do seu ministério, matem inocentes e crianças”.
Egito, França e Jordânia têm desenvolvido várias ações conjuntas para a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza por terra, mar e ar desde que o conflito rebentou.
Lusa