O ex-presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou hoje que o PSD tem condições de ganhar as eleições regionais de 2019, não rejeitando a possibilidade de uma Aliança Democrática ou de um Bloco Central.
"Há condições para isso. O que é preciso é não se contentar em ganhar, é continuar a lutar pela maioria absoluta", disse Alberto João Jardim, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de tomada de posse dos três novos elementos do XII Governo Regional da Madeira
Questionado sobre os entendimentos do PSD com o CDS-PP a nível autárquico, o ex-governante madeirense respondeu ser "a pessoa menos indicada para falar" sobre o assunto, porque fez este tipo de política, considerando que "a estratégia da bipolarização foi mesmo provocada".
Sobre possíveis alianças nas próximas eleições legislativas regionais em 2019, Jardim lembrou que é "militante do PSD", pelo que não tem "preferência em especial por ninguém".
"Agora não gostaria de ver a Madeira com BE, JPP, e outros radicalismos pequeno burgueses de fachada socialista como dizia Álvaro Cunhal do Governo da Madeira", declarou.
Para o ex-líder do Governo Regional, "isso é uma questão depois de ver, pode ser AD [Aliança Democrática] como pode ser bloco central".
Sobre o discurso do vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, na tomada de posse, Alberto João Jardim considerou ser "estritamente dedicado", até porque teceu várias críticas ao Governo da República.
Quanto ao facto de Pedro Calado assumir as pastas da Economia e Finanças, Jardim disse "compreender".
"Nesta fase da vida da Madeira, em que, portanto, estamos a ser arrastados por uma política assistencialista, subsidiarista do todo nacional, em que o país vai vivendo de esmolas e de gorjetas, que seja necessário para reaquecimento da Economia, estar as Finanças em articulação com a Economia", referiu, acrescentando que é uma experiência que se vai "ver o que é que dá".
Hoje tomaram posse os três novos elementos do Governo Regional da Madeira, na sequência de uma remodelação realizada pelo chefe do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, após as eleições autárquicas de 1 de outubro.
Albuquerque optou por criar uma vice-presidência, que fica na responsabilidade de Pedro Calado, que integrou o seu elenco do executivo camarário quando liderou a autarquia do Funchal, e fica agora com as pastas das Finanças, da Economia, dos Transportes e a coordenação política.
O XII Governo Regional da Madeira tem também dois novos secretários regionais: Paula Cabaço, que passa a titular do Turismo e Cultura, e Amílcar Gonçalves, que tem a responsabilidade dos Equipamentos e Infraestruturas.
Do anterior executivo madeirense foram afastados Sérgio Marques (secretário dos Assuntos Parlamentares e Europeus) e Eduardo Jesus (secretário da Economia, Turismo e Cultura).
Também saiu o secretário das Finanças e Administração Pública, Rui Gonçalves, que já havia manifestado o desejo de abandonar o elenco governativo.
Esta é a quarta alteração efetuada na orgânica do Governo Regional. A secretaria regional da Saúde já teve duas remodelações (Manuel Brito e Faria Nunes) e a da Inclusão Social uma alteração, devido à saída de Rubina Leal para concorrer à presidência da Câmara Municipal do Funchal nas eleições autárquicas de 1 de outubro.
LUSA