A Federação Portuguesa de Futebol, a exemplo do que já fizera a Liga de clubes, decidiu decretar um minuto de silêncio antes de todos os jogos das suas competições a realizar entre terça-feira e domingo, em homenagem às vítimas dos incêndios.
A decisão, tornada pública na página oficial da FPF, segue-se a um comunicado, ontem de manhã, no qual se lamentava as mortes ocorridas e se prometia "o apoio possível às populações e às corporações de bombeiros das regiões afetadas".
A federação vai ainda propor à UEFA o cumprimento de um minuto de silêncio antes dos jogos de seleções agendados para este período, isto depois de já ter anunciado que os jogos da primeira jornada do torneio de apuramento do Europeu feminino de sub-19, previstos para Viseu e Santa Comba Dão, não se realizam.
As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 38 mortos, sete desaparecidos, 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.
LUSA