As bandeiras encontram-se hoje a meia-haste na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, em memória das vítimas mortais dos fogos florestais em Portugal, esperando o executivo comunitário que esta seja “a última vez” que tal acontece.
No final da conferência de imprensa diária da Comissão, e já depois de indicar que o presidente Jean-Claude Juncker falou ao telefone na segunda-feira à noite com o primeiro-ministro, António Costa, o porta-voz do executivo comunitário apontou que as bandeiras da União Europeia em redor do Berlaymont, edifício-sede da Comissão, “estão hoje a meia haste, para honrar e lembrar as trágicas perdas de vida que resultaram dos violentos incêndios florestais em Portugal”.
“Esperemos que esta seja a última vez que temos que lamentar vítimas” dos fogos, concluiu Margaritis Schinas.
Já em junho passado, Bruxelas prestara homenagem às vítimas mortais de Pedrógão Grande, cenário que se repete agora, na sequência das centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, que provocaram pelo menos 36 mortos e 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.
LUSA