O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, mostrou-se hoje satisfeito que a afluência às urnas na região autónoma e realçou, por outro lado, que é necessário "desdramatizar" a abstenção.
"A afluência às urnas está muito elevada o que para nós é muito bom, as pessoas participarem neste ato eleitoral", disse o chefe do executivo madeirense, depois de exercer o direito de voto, numa secção na freguesia de São Martinho, uma das dez que constituem o concelho do Funchal.
Miguel Albuquerque chegou ao local cerca das 13 horas, numa altura em que a afluência às urnas era bastante grande, havendo filas de espera.
"É preciso levar em linha de conta que a abstenção na Madeira não é tão elevada como consta oficialmente, uma vez que temos, por exemplo nesta zona de São Martinho, muitos residentes que são emigrantes na Venezuela e África do Sul", disse, realçando, por outro lado, que é necessário "desdramatizar" a abstenção.
"Temos de desdramatizar um pouco a abstenção. A abstenção também tem um significado político e os partidos e os políticos devem tirar conclusões quando é muito elevada", sublinhou.
Miguel Albuquerque considerou que a campanha eleitoral para as autárquicas na Madeira foi "intensa", sublinhando que, agora, as pessoas estão "esclarecidas" e que "em democracia quem manda é o povo".
"As pessoas hoje convivem muito bem com a liberdade aqui na Madeira, como no país, e isso é muito positivo e nós temos que valorizar o regime que temos, que é um regime que, infelizmente, em muitos países do mundo e também já da Europa está ameaçado", disse.
O chefe do executivo destacou, por outro lado, a importância do perfil dos candidatos em eleições autárquicas, mas vincou o impacto que os resultados terão ao nível dos partidos.
"Estas eleições têm de ter uma leitura partidária. Neste momento, também está em jogo as forças partidárias. São eleições muito personalizadas, muito localizadas, mas os resultados também obrigam a uma leitura e interpretação partidária", afirmou.
LUSA