O recorde anterior era de 2019, mas os números baixaram em 2020 até 10 mil turistas devido os efeitos da pandemia da covid-19 que levaram ao fecho de fronteiras e limitações das viagens.
No entanto, desde 2021 que o país começou a dar sinais de recuperação turística, com 15 mil turistas, enquanto em 2022 se registaram 26 mil.
“Para nós o ano 2023 é o nosso topo, é o ano que nós conseguimos atingir concretamente 35.817 turistas (…) número que nós nunca atingimos na história do Turismo em São Tomé e Príncipe”, disse à Lusa a diretora do Desenvolvimento Turístico de São Tomé e Príncipe.
Madga Lopes indicou dados em que Portugal se posiciona como o principal país emissor de turistas para São Tomé em 2023, com 16.469 turistas (46%), seguido de Alemanha com 2.408 (7%), Estados Unidos da América com 2.328 (7%), França com 1.896 (5%), Angola com 1.298 (4%).
A maioria dos visitantes foram ao arquipélago por motivos de serviço, férias ou turismo, sendo que 32.694 pessoas entraram pela via aérea, enquanto 2.123 pela via marítima, sobretudo em três navios de cruzeiro que passaram pelo arquipélago dos quais muitos turistas desembarcaram.
“Nós podemos notar que há um determinado momento, um dia ou dois, que há um fluxo grande de turistas circulando na nossa capital”, sublinhou Madga Lopes.
Contrariamente aos anos anteriores em que o topo das visitas foi registado entre julho, agosto, setembro e dezembro, em 2024, Madga Lopes disse que o mês março foi o topo, registando 4.978, e dezembro com 3.447.
Até 2018 o turismo era responsável por 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, mas os dados estão a ser atualizados em parcerias com outras instituições.
Sem avançar números exatos, a porta-voz da Direção do Turismo e Hotelaria disse dispor de dados que confirmam o crescimento das receitas do turismo para os cofres do Estado, sublinhando que “um maior número de turistas no país significa inicialmente que aumenta o consumo” com compra de bilhetes nas agências de viagens, questões de vistos nos serviços migratórios, bem como os serviços hoteleiros, restaurantes, ‘rent a car’, guias.
“Nós sabemos que o turismo é transversal, então dada a sua transversalidade, ele é um setor que envolve todos os outros setores da economia nacional, então quando aumentamos a estadia, quando aumentamos a entrada de visitantes, nós estamos a promover automaticamente que todos os setores do país saiam a ganhar”, referiu Magda Lopes.
Para o ano 2024, a Direção do Turismo pretende igualar ou ultrapassar o recorde de visitantes de 2023, apostando na melhoria dos serviços e das ofertas turísticas aos visitantes.