O major-general Marco Serronha foi nomeado segundo comandante das Forças Terrestres, assumindo funções no próximo dia 28, no âmbito da reorganização da estrutura de comando do Exército, que aguarda autorizações para suprir vagas em aberto.
O despacho de nomeação do major-general Marco Serronha foi assinado pelo Chefe do Estado Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte, com efeitos a partir do próximo dia 28, disse à Lusa fonte do Exército.
A nomeação insere-se na reorganização da estrutura de comando do ramo, que mantém em aberto a substituição dos dois tenentes-generais que se demitiram em julho passado, Antunes Calçada, do comando do Pessoal, e António Menezes, do comando de Forças Terrestres, em divergência com o CEME.
Marco Serronha tinha sido exonerado há uma semana do cargo de diretor coordenador do Estado-Maior do Exército (EME), como noticiou hoje o DN.
Um outro despacho do general Rovisco Duarte, também com efeitos a partir de dia 28, colocou o major-general Cóias Ferreira no gabinete do comando de Logística, disse a mesma fonte.
Fontes militares contactadas pela Lusa admitem que esta nomeação indicia que Cóias Ferreira assuma o comando de Logística assim que houver autorização para a promoção do militar a tenente-general, já que, na orgânica do Exército, o cargo deve ser ocupado por general de três estrelas.
Até agora, o major general Cóias Ferreira assumia o comando das Forças Terrestre "em suplência", na sequência da demissão de António Menezes em julho.
As vagas deixadas pelos dois tenentes generais que se demitiram há dois meses só poderão ser ocupadas por generais de três estrelas, implicando promoções autorizadas pelos Ministérios da Defesa Nacional e das Finanças.
Contactado pela Lusa, fonte do gabinete do ministro da Defesa disse que as decisões sobre as promoções no Exército serão tomadas "em breve".
Em julho, o tenente–general Antunes Calçada apresentou o pedido de exoneração do cargo de comandante de Pessoal, passando à situação de reserva.
Em declarações ao Expresso, o militar alegou "divergências inultrapassáveis" com o general Rovisco Duarte.
Na mesma altura, o tenente-general António Menezes demitiu-se das Forças Terrestres, uma decisão também justificada, pelo jornal, com a forma como o CEME decidiu exonerar os comandantes das cinco unidades responsáveis pela vigilância do paióis de Tancos, de onde desapareceu material de guerra em junho.
Os cinco comandantes foram renomeados para os mesmos cargos passadas duas semanas, em 17 de julho.
No âmbito deste processo de reorganização interna, o tenente-general Fernando Campos Serafino foi nomeado vice-chefe do Estado-Maior do Exército na semana passada, substituindo Rodrigues da Costa, que passou à reserva.
LUSA