A Diocese do Funchal contradiz as notícias vindas a público que davam conta que o terreno onde estava plantado o carvalho, drasticamente tombado no dia da padroeira, era propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial do Monte.
Num esclarecimento da Paróquia do Monte, remetido através do advogado da diocese, é dito que "a parcela em questão não esta registada, nem fiscalmente inscrita, nem referenciada no cadastro, a favor daquela entidade Paroquial e desde os tempos imemoriais é de acesso livre e público a todas as pessoas."
A Paróquia do Monte e a Diocese do Funchal garantem ainda que "nunca foram alertadas nem notificadas por pessoas ou entidades para qualquer situação referente àquela parcela de terreno, nomeadamente a respeito dos cuidados a ter quanto às arvores aí existentes."
A nota de esclarecimento paroquial acrescenta que a propriedade daquele terreno "não é atribuída a qualquer pessoa coletiva canónica" e que os serviços camarários sempre cuidaram do terreno.
A nota enviada pelo gabinete de advogados que dá apoio à Diocese, destaca ainda que "já depois do trágico acidente, a Câmara do Municipal do Funchal deu a conhecer, inclusive a este gabinete jurídico, um conjunto de documentos extraídos de um processo judicial de há 50 anos, onde a edilidade foi autora, que configura uma transação judicial." Documentos que os juristas dizem que devem ser "analisados com o rigor necessário e confrontados com outros documentos, deliberações camarárias e acordos estabelecidos para testar da sua validade, âmbito e eficácia".
A Igreja da Madeira e a Paróquia do Monte afirmam a prioridade de "apoio solidário e toda a sua vontade em ajudar os que perderam os seus familiares e estejam a sofrer por causa daquela tragédia. Sem que isso signifique qualquer fuga, abrandamento ou desvio das suas responsabilidades, a Paróquia e a Diocese procurarão certificar todo o conjunto de informações, depoimentos e documentos antes de proferir afirmações peremptórias sobre este assunto, nesta ocasião." Conclui o esclarecimento.