O ministro das Finanças reafirmou hoje a intenção de baixar no próximo ano a carga fiscal dos trabalhadores com menores rendimentos e aumentar as pensões.
Mário Centeno disse, num comentário ao crescimento de 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, que a redução da carga fiscal dos rendimentos mais baixos "vai ser concretizada e implementada no ano 2018 porque foram criadas as condições orçamentais de crescimento da economia, para que assim seja".
Do lado das pensões, o ministro disse apenas poder antecipar que "os compromissos e a legalidade vão ser cumpridos" em 2018: "Temos uma política que é muito clara, sustentada no cumprimento da Lei da Bases da Segurança Social", afirmou, confirmando as medidas já previstas no Programa de Governo.
Mário Centeno congratulou-se com a subida de 2,8% do PIB no segundo trimestre, face ao período homólogo anterior, recordando a prudência das projeções orçamentais do Governo que possibilitaram um crescimento "acima do que estava projetado" para este ano.
O ministro disse ainda que aquele crescimento homólogo "renova o ritmo" do primeiro trimestre de 2017, e representa "o nível máximo da última década".
Mário Centeno destacou o facto de o crescimento continuar associado a uma aceleração do investimento, o que, na sua opinião, confere "um sinal positivo" sobre a sustentabilidade da economia e ainda o "equilíbrio do atual padrão" de crescimento da economia, que cresceu "pelo 15.º mês consecutivo a um ritmo superior à média da união europeia".
O ministro salientou ainda que o crescimento do PIB "acompanha a evolução no mercado de trabalho", com mais 163 mil empregos e menos 98 mil desempregados face ao trimestre homólogo de 2016.
O INE divulgou hoje que a economia portuguesa voltou a crescer 2,8% no segundo trimestre de 2017 face ao mesmo período do ano passado e, comparando com o trimestre anterior, cresceu 0,2%.
De acordo com a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais relativas ao período entre abril e junho, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,8% homólogos em volume, uma variação idêntica à registada no trimestre anterior.
A economia portuguesa mantém assim, pelo segundo trimestre consecutivo, o desempenho trimestral homólogo mais positivo dos últimos 10 anos, que iguala o crescimento verificado no último trimestre de 2007, período em que a economia portuguesa cresceu também 2,8%.
LUSA