“A Câmara Municipal do Funchal vai atualizar os preços das taxas municipais, inclusive do abastecimento de água, saneamento básico e tratamento de resíduos sólidos, em 5,79%, de acordo com a variação média da inflação dos últimos 12 meses”, lê-se na informação divulgada pelo município.
Citado no documento, o presidente do município (PSD/CDS-PP), o social-democrata Pedro Calado, argumenta que, “comparado com outros concelhos da Madeira, o preço pago no Funchal pela água, saneamento básico e tratamento de resíduos sólidos está no grupo dos mais barato”.
O autarca acrescenta que, relativamente à água, para um consumidor doméstico comum, cuja faturação incida, em média, nos 10 metros cúbicos mensais, o aumento representará “um acréscimo de 1,48 euros/mês, o que inclui já a taxa de saneamento básico e tratamento de resíduos”.
Pedro Calado salienta também que, em comparação com outras regiões do país, no caso dos consumidores doméstico, o Funchal representa, em média, um custo mensal de água na ordem dos 14,36 euros, inferior aos 30,87 euros cobrados em Beja, 29,19 euros em Faro ou 21,95 euros em Ponta Delgada, nos Açores.
O presidente do principal município da Madeira reconhece que “ninguém gosta de anunciar aumentos”, mas diz ser “inevitável” fazer esta atualização que reflete no preço final a inflação média registada.
“Estamos a falar de um aumento residual e, para termos uma ordem de grandeza, quando se diz que a água está cara, se compararmos um litro de água engarrafada com um litro de água da torneira, a engarrafada custa 186 vezes mais”, apontou.
A medida será um dos pontos da agenda da reunião semanal da vereação camarária, agendada para quinta-feira.
Lusa