“Tivemos em 2022 um ano de recorde de investimento empresarial no nosso país e até ao primeiro semestre de 2023 já estávamos acima do primeiro semestre de 2022. E, por isso, provavelmente, em 2023 devemos ter fixado um novo máximo de investimento empresarial na nossa economia”, disse António Costa.
O chefe do executivo falava na fábrica da Toyota Caetano em Ovar, no distrito de Aveiro, durante a apresentação do protótipo do veículo elétrico da marca nipónica concebido propositadamente para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Paris-2024.
No seu discurso, Costa deu conta da trajetória que a economia portuguesa tem feito nos últimos anos, registando um aumento do “stock” de investimento direto estrangeiro de 40% desde 2015.
O primeiro-ministro demissionário salientou ainda que pela primeira vez na história do país as exportações representaram mais de 50% do PIB, sustentando que isso resulta da capacidade de encontrar mercados, mas também daquilo que o país produz hoje ter maior valor do que o que produzia tradicionalmente.
Dando como exemplo a veículo elétrico da Toyota que foi apresentado hoje, Costa defendeu uma aposta nos produtos de bens mais sofisticados, adiantando que, atualmente, 38% das exportações já são de bens que tem alta e média alta tecnologia.
“Cada veículo destes é umas centenas de pares de sapatos”, declarou o chefe do Governo, considerando “muito importante” que o país continue “a acarinhar a indústria tradicional”, como os têxteis, o calçado e os produtos agroalimentares, e a “apostar cada vez mais em produtos mais sofisticados que por cada unidade acrescentam muito mais valor à economia”.
Acompanhado pelos ministros da Economia e do Mar e do Ambiente e Ação Climática, António Costa Silva e Duarte Cordeiro, respetivamente, o primeiro-ministro visitou a fábrica da Toyota Caetano Portugal, em Ovar, onde começará a ser produzido a partir de fevereiro o “Acessible People Mover” (APM), que de destina ao transporte de pessoas com mobilidade reduzida nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Paris.
No total, vão ser produzidas 250 unidades, no âmbito de um projeto inserido no Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), que representa um investimento de 10 milhões de euros.
Lusa