O sindicato da Hotelaria da Madeira anunciou hoje que vai realizar no dia 30 um "velório" em frente à presidência do Governo Regional, em protesto pela inércia para evitar a caducidade do contrato coletivo de trabalho do setor.
A ação foi anunciada pelo dirigente desta estrutura sindical no âmbito da concentração promovida pela União dos Sindicatos da Madeira (USAM) em frente à Assembleia da Madeira, numa associação à concentração que se realiza em Lisboa, junto ao parlamento nacional.
Adolfo Freitas referiu que a Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) denunciou em 2013 o contrato coletivo de trabalho para o setor da hotelaria da Madeira e disse que, "neste momento, após reuniões de conciliação e de mediação na direção regional do trabalho sem qualquer acordo", o Governo Regional se prepara para deixar caducar o contrato coletivo.
Segundo este dirigente sindical, esta situação vai deixar cerca de "4.000 trabalhadores sem convenção coletiva de trabalho e sem direitos, o que é o maior retrocesso social que algum dia podia acontecer na Madeira".
Para Adolfo Freitas, "para um governo [da Madeira, liderado por Miguel Albuquerque] que prometeu renovação, [a situação está] muito longe daquilo que os trabalhadores podiam esperar".
Por isso, avançou, o sindicato decidiu "promover um velório" duramente a tarde do dia 30 de julho, "à porta da Quinta Vigia [residência oficial do presidente do executivo] e o Governo Regional tem de ter em atenção o maior setor económico da região, bem como as 1.504 assinaturas que foram entregues ao executivo, pelos trabalhadores apelando à intervenção no sentido de evitar a caducidade", afirmou.
No entender do presidente desta estrutura sindical madeirense, "esta é a prova provada" de que as politicas do atual Governo Regional "continuam iguais ao anterior regime que, durante cerca de 40 anos, governou a Madeira, numa postura do ‘quero, posso e mando"