A maioria do PSD na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) rejeitou hoje uma proposta dos deputados do PCP/PEV que pretendia determinar um acréscimo ao valor do salário mínimo mensal para os trabalhadores nesta Região Autónoma.
O projeto de decreto legislativo regional da bancada comunista insular defendia que um aumento regional do salário mínimo na Madeira [515 euros] em 5% nos próximos dois anos, evoluindo para 7,5% a curto prazo para os trabalhadores que auferem baixas remunerações.
O deputado Joaquim Marujo (PSD) criticou a oposição na Assembleia da Madeira por "trazer diplomas em catadupa", justificando o voto contra com o facto de na Madeira já estar "em vigor um acréscimo de 2% ao salário mínimo nacional, que foi aprovado mesmo durante a vigência do programa de ajustamento da região".
"O grande drama da Madeira é o desemprego. É importante é diminuir o desemprego", declarou este parlamentar social-democrata madeirense, argumentando que este tipo de medidas poderia também ter um impacto negativo na vida das empresas da região.
Na votação, o grupo parlamentar do CDS/PP-M abstiveram-se e os restantes partidos da oposição (JPP, PS, PCP/PEV, BE, PTP e PND) votaram a favor.
O deputado do PND, Dionísio Andrade, disse que a maioria parlamentar "chumbou o subsídio da bica".
O grupo parlamentar do PSD/M também rejeitou discutir com caráter de urgência uma outra proposta do PCP/PEV que visava a reposição do subsídio de insularidade para os trabalhadores da administração pública no Porto Santo, que auferiam um acréscimo de 30% nos respetivos salários.
A maioria social-democrata alegou que esta medida tomada no âmbito da aplicação do programa de ajustamento da Madeira representou apenas a retirada de 15% daquele valor, que o Governo Regional da Madeira já anunciou que voltará a ser pago a partir de 2016.
Na sessão plenária de hoje, os deputados madeirenses também aprovaram três votos de louvor e congratulação pelos resultados obtidos pelo profissional de ténis de mesa natural da região Março Freitas, restantes atletas e técnicos nos primeiros jogos da Europa propostos pelas bancadas do JPP, CDS e PSD.