"Efetuámos uma mobilização parcial e foram alistadas 300 mil pessoas. Nos últimos seis ou sete meses, 270 mil pessoas assinaram voluntariamente contratos para servir nas Forças Armadas e nas unidades de voluntários", disse Putin, estimando que entre mil e 1.500 pessoas estão a assinar contratos todos os dias.
O Presidente da Rússia referiu-se à mobilização durante um discurso no Fórum Económico do Oriente, que decorre em Vladivostoque, no extremo oriental russo.
Por outro lado, Putin disse que a entrega de aviões de combate F-16 pelo "Ocidente a Kiev" só vai "prolongar o conflito na Ucrânia".
"Vão entregar (caças) F-16. Isso vai mudar alguma coisa? Não me parece. Só vai prolongar o conflito", declarou Putin, referindo-se ao apoio dos países aliados da Ucrânia.
A Rússia invadiu a Ucrânia, pela segunda vez, em fevereiro do ano passado.
No mesmo discurso Vladimir Putin afirmou ainda que a apreensão de ativos russos por parte do Ocidente "ultrapassa todos os limites" mas descartou qualquer intervenção do Estado sobre a divisa nacional.
Putin afastou o que classificou de "movimentos bruscos" do Estado no mercado de divisas para reforçar o rublo (moeda da Rússia), cuja depreciação obrigou o Banco Central da Rússia a aumentar em 12% as taxas de juro.
"Não haverá movimentos bruscos", disse o Chefe de Estado no Fórum Económico Oriental, respondendo a uma pergunta sobre a possível intervenção do Estado sobre o mercado de divisas.
Putin disse ainda que o assunto requer uma "análise minuciosa" por parte do Governo e do Banco Central da Rússia que deve rever na próxima sexta-feira as taxas de juro, durante uma reunião que já estava marcada.
Lusa