O anúncio da escolha de Lisboa foi feito em 27 de janeiro de 2019, na missa de encerramento da JMJ na Cidade do Panamá, pelo prefeito do Dicastério para os Leigos, Família e Vida, Kevin Joseph Farrell. Aquele dicastério é o organismo do Vaticano que organiza a JMJ com um comité local.
À missa assistiram, entre outros, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o então secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, em representação do Governo, o à data presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.
Na mesma ocasião, o Papa Francisco, que presidia à JMJ, escreveu na sua conta no Twitter: "A vocês, queridos jovens, um muito obrigado por #Panama2019. Continuem a caminhar, continuem a viver a fé e a compartilhá-la. Até Lisboa em 2022".
A JMJ em Lisboa, a 15.ª edição, acabou por ser adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.
Segundo o sítio na Internet da JMJ Lisboa (lisboa2023.org), este é "um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa" e, "simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil".
"Acontece todos os anos a nível diocesano, até agora por altura do Domingo de Ramos e a partir de 2021 no Domingo de Cristo Rei. A cada dois, três ou quatro anos ocorre como um encontro internacional, numa cidade escolhida pelo Papa, sempre com a sua presença".
Esta iniciativa foi criada pelo Papa João Paulo II (1920-2005) em 1985 (Ano Internacional da Juventude) e a primeira JMJ ocorreu no ano seguinte em Roma, Itália, numa celebração diocesana.
Já o primeiro encontro internacional realizou-se em Buenos Aires, Argentina, em 1987.
Na capital argentina, João Paulo II pediu aos jovens para comprometerem a sua energia juvenil "na construção da civilização do amor", de acordo com o ‘site’.
Em 1989, Espanha acolheu pela primeira vez a JMJ, em Santiago de Compostela, onde os peregrinos rezaram pela paz. Nesse ano, o Muro de Berlim foi derrubado e, dois anos depois, uma Polónia livre (terra natal de João Paulo II) recebeu o encontro em Czestochowa.
Seguiu-se Denver, nos Estados Unidos da América, em 1993, que, pela primeira vez, incluiu a via-sacra pelas ruas da cidade, mas foi a capital das Filipinas, dois anos mais tarde, que registou a maior afluência de sempre numa JMJ.
Quatro milhões de pessoas estiveram na missa de encerramento em Manila e o momento foi inscrito no Livro Guinness dos Recordes.
Em 1997, a JMJ regressou à Europa, a Paris, onde "mais de meio milhão de jovens encheram as ruas da capital francesa de alegria e fraternidade", numa edição que ficou marcada pela "introdução dos Dias nas Dioceses (encontro que antecede a semana da JMJ) e do Festival da Juventude (programa cultural e artístico)".
Ainda no continente europeu, 2000 foi o ano da JMJ em Roma, para de seguida ser em Toronto, Canadá (2002), a última a que João Paulo II presidiu.
O Papa anunciou então que a JMJ seguinte, em 2005, seria em Colónia, na Alemanha, mas foi o seu sucessor, o alemão Bento XVI (1927-2022), a presidir às celebrações.
Sydney, na Austrália, em 2008, é considerado o primeiro encontro da JMJ totalmente moderno, com a presença do evento nas redes sociais.
Em 2011, a JMJ retornou a Espanha e, desta vez, à capital, Madrid, para, dois anos depois, já no pontificado de Francisco, o encontro mundial de jovens católicos ter tido como palco, pela primeira vez, um país de língua portuguesa: Brasil.
O Papa Francisco presidiu ainda à JMJ de Cracóvia, na Polónia, em 2016, e, três anos depois, na Cidade do Panamá, que contou com a presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima.