Lopes da Fonseca fez esta acusação na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), durante o debate mensal com a presença do Governo Regional, dedicado ao tema "Comunicação Social".
"A pretexto do não cumprimento do Contrato de Empresa, uma delegação de trabalhadores do Centro Regional da RTP reuniu-se com os grupos parlamentares na Assembleia da República tendo sido transmitido que a Direção de Conteúdos da RTP-Madeira não reúne condições para se manter no quadro", disse.
Lopes da Fonseca realçou que o CDS-PP se oporá a "qualquer intuito, muito menos de trabalhadores, para manipular a informação a nível regional".
Para o dirigente centrista, a "equidade", a "imparcialidade" e a "pluralidade devem manter-se pelo menos até às eleições autárquicas".
Roberto Almada, do BE, realçou, por seu lado, que os eventuais problemas no seio do Centro Regional da RTP-M "tem de ser feita pelos próprios trabalhadores".
O parlamentar do PSD-M Adolfo Brazão criticou a falta de meios técnicos atualizados no Centro Regional da RTP-M, questionando o papel do Estado nesta matéria.
Élvio Sousa, do JPP, defendeu que os apoios do MEDIARAM [programa regional de apoio à comunicação social privada] deviam ser extensivos "a projetos de pequena dimensão" nomeadamente de âmbito digital.
O líder do Grupo Parlamentar do PS-M, Jaime Leandro, lembrou que o "percurso do PSD foi feito de mãos dadas com alguma comunicação social, que o ajudou a perpetuar-se no poder durante 40 anos".
A deputada do PCP, Sílvia Vasconcelos, falou da precariedade no setor através dos "falsos recibos verdes", e Raquel Coelho, do PTP, perguntou pela "escritura pública" da venda do Jornal da Madeira. O deputado independente Gil Canha (ex-PND) referiu que o Governo Regional entregou o "bebé chorão [Jornal da Madeira] aos crocodilos [grupos económicos do regime]".
As eleições autárquicas estão marcadas para 01 de outubro.