Na província de Mpumalanga, nordeste do país, que faz fronteira com Moçambique e Essuatíni, cinco camiões foram queimados cerca da meia-noite de domingo na estrada nacional N4 próximo a Machadodorp, salientou a polícia sul-africana em Nelspruit, em comunicado a que a Lusa teve acesso.
“Segundo informação disponível, dois veículos com cinco ocupantes pararam os camiões, ordenaram os motoristas a levarem os seus pertences pessoais antes de incendiar os camiões”, referiu o porta-voz provincial da polícia de Mpumalanga, Selvy Mohlala.
“Os prejuízos materiais ainda não foram determinados”, adiantou o porta-voz, acrescentando que “o motivo por detrás do caos também não está claro nesta fase”.
Em declarações ao canal público sul-africano SABC, um motorista que solicitou o anonimato disse que conduzia de Moçambique para Middelburg quando foi atacado por cinco homens armados e mascarados que o “puxaram para fora do camião e dispararam alguns tiros”.
No importante corredor rodoviário N3, que liga o porto de Durban na província de KwaZulu-Natal, litoral sudeste do país, e Gauteng, onde se situa Joanesburgo, a capital económica, e Pretória, a capital do país, seis camiões foram também atacados e queimados por grupos armados de sábado para domingo, segundo as autoridades sul-africanas.
A Associação de Transportadores Rodoviários (RFA, na sigla em inglês) salientou à rádio pública sul-africana, SABC, que no KwaZulu-Natal “é um ataque coordenado ao setor de transporte de carga rodoviário”.
Em julho de 2021, pelo menos 337 pessoas morreram e mais de 3.400 foram detidas em resultado de tumultos e pilhagens que afetaram durante algumas semanas a África do Sul, em que o reabastecimento alimentar nos centros comerciais em KwaZulu-Natal e Gauteng fora totalmente cortado devido à vandalização.
Lusa