A equipa nacional feminina parte hoje rumo à Nova Zelândia para uma inédita participação num Mundial, tendo Marcelo Rebelo de Sousa remontado às origens da seleção feminina portuguesa e as comparado com as origens do setor masculino, enaltecendo a maior rapidez em chegar a grandes competições para elevar ainda mais o feito atualmente alcançado.
“O nosso primeiro jogo internacional de mulheres foi em 1981, em França. Fomos convidados para ir lá e foi difícil arranjar equipa, andou-se a ver nas distritais o que havia e foi uma equipa de 16 jovens, e empatou-se. Nos homens, a primeira vez que se chegou a uma fase final de um Mundial foi em 1966, 45 anos depois do seu primeiro jogo internacional", salientou.
O chefe de estado português constatou, assim, que em mulheres Portugal chegou a uma fase final mais depressa e enalteceu ainda o espírito demonstrado pela equipa nacional feminina na abordagem a um desafio de tão elevado grau de dificuldade, incentivando-a a manter bem vincada a sua ambição.
“Era mau se o vosso espírito não fosse este, que fosse o espírito de ir lá para ver o que dá: ‘vamos ver o que dá, vamos lá para representar razoavelmente as cores nacionais, para empatar um jogo e encontrar uma forma simpática de resistir ao impossível’ – o vosso espírito é fazer o impossível,” elogiou, rendido à ambição das jogadoras de Portugal.
Por fim, Marcelo Rebelo de Sousa prometeu acompanhar os jogos da equipa portuguesa no Mundial e transmitir força à comitiva nacional tal como o restante público português.
“É uma grande honra para Portugal poder acompanhar à distância estas nossas compatriotas no outro lado do mundo, às 8h30 da manhã,” vincou o responsável máximo pelo Estado português.
Nas respetivas intervenções, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, e o selecionador nacional, Francisco Neto, agradeceram a Marcelo Rebelo de Sousa o carinho e apoio demonstrados.
“Não poderia deixar de agradecer ao Sr. Presidente da República neste momento, depois de nos ter recebido em fevereiro, por altura da conquista do nosso lugar no Campeonato do Mundo”, lembrou o responsável máximo pela Federação Portuguesa de Futebol.
Instantes depois, Francisco Neto mostrou-se convicto de que o trabalho até agora realizado estará a motivar o orgulho do chefe de estado nacional.
“Não é só neste momento, o Sr. Presidente tem feito também o acompanhamento ao crescimento desta seleção e temos a certeza de que, em nome dos portugueses, também deverá estar muito orgulhoso do que temos conquistado”, dedicou o técnico.
Após os três discursos, as capitãs da seleção feminina portuguesa, Dolores Silva, Sílvia Rebelo e Ana Borges, entregaram a Marcelo Rebelo de Sousa uma camisola, um cachecol e uma bola, devidamente autografados por toda a equipa.
O Presidente da República cumprimentou, em seguida, toda a comitiva lusa, tirou a sua característica selfie – fazendo uso do telemóvel da jogadora Kika Nazareth – e juntou-se ao grupo para uma fotografia oficial tirada enquanto todos os presentes entoavam o hino nacional, terminando com uma mensagem de incentivo para a equipa portuguesa que hoje parte para a Nova Zelândia.
A equipa das ‘quinas’ estreia-se num Campeonato do Mundo diante dos Países Baixos, seleção vice-campeã mundial, em 23 de julho, seguindo-se os confrontos com o Vietname, em 27, e os atuais detentores do cetro, os Estados Unidos, em 1 de agosto.
Na preparação, a seleção portuguesa defrontou a campeã europeia Inglaterra, com um nulo (0-0), e derrotou a Ucrânia em jogos disputados em dias consecutivos (2-0 na sexta-feira, no Estádio do Bessa, e 6-0 no sábado, à porta fechada), para dar confiança para o exigente Grupo E que vai encarar no Mundial da Nova Zelândia e Austrália, entre 20 de julho e 20 de agosto.