A deslocação de Xi surge num momento importante da diplomacia com os Estados Unidos – o principal apoio de Taiwan em termos securitários –, pelo facto de a secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, se encontrar atualmente na capital chinesa para tentar estabilizar as relações entre Pequim e Washington e melhorar as relações comerciais bilaterais.
No decurso da sua inspeção ao comando da região oriental do Exército popular de Libertação, sediado em Nankin, Xi declarou aos responsáveis com quem se reuniu que deveriam “ousar lutar, saber lutar bem, e defender com firmeza a soberania e a segurança nacionais”, segundo a televisão estatal CCTV.
“É necessário aprofundar a nossa planificação de guerra e de combate (…) e concentrarmo-nos no treino de combate real, e acelerar os recursos sobre a nossa capacidade em vencer”, acrescentou.
O Exército deve igualmente “elevar a capacidade dos dirigentes do comité do partido em se prepararem para a guerra e combaterem”, advogou ainda, citado pela CCTV.
A China considera Taiwan como uma das suas províncias, que não conseguiu reunificar com o restante território após o final da guerra civil chinesa em 1949. Pequim pretende retomar o controlo da ilha, pela força se necessário.
A questão de Taiwan é o tema mais sensível dos contenciosos entre Pequim e Washington.
Em 2022 a China promoveu exercícios militares em larga escala em torno da ilha após encontros oficiais entre altos responsáveis norte-americanos e taiwaneses.
Em abril, as forças chinesas efetuaram manobras simulando um bloqueio de Taiwan, logo após um encontro nos Estados Unidos entre a Presidente taiwanesa Tsai Ing-wen e o presidente da Câmara dos representantes norte-americano, Kevin McCarthy.