A taxa de desemprego baixou 0,4 pontos percentuais para os 10,1% no primeiro trimestre de 2017, face ao anterior, e em 2,3 pontos percentuais face ao trimestre homólogo de 2016.
De acordo com as estatísticas do emprego hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população desempregada, estimada em 523,9 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 3,5% (menos 19,3 mil pessoas) e uma diminuição homóloga de 18,2% (menos 116,3 mil), a maior desde o terceiro trimestre de 2013.
Os analistas contactados pela agência Lusa antecipavam uma nova descida da taxa de desemprego no primeiro trimestre, depois de no trimestre passado a taxa de desemprego se ter situado nos 10,5%.
Segundo o INE, a taxa de desemprego dos homens (9,8%) foi inferior à das mulheres (10,5%) em 0,7 pontos percentuais, diminuindo mais em relação ao trimestre anterior no caso dos homens (0,6 pontos percentuais) do que nas mulheres (0,1 pontos percentuais).
A taxa de desemprego dos jovens (dos 15 aos 24 anos) foi de 25,1%, menos 2,6 pontos percentuais do que no trimestre anterior e 5,9 pontos percentuais do que no trimestre homólogo de 2016.
Já a proporção de desempregados à procura de emprego há 12 e mais meses (longa duração) foi de 58,9%, menos 3,2 pontos percentuais do que no trimestre anterior e menos 0,3 pontos percentuais do que no trimestre homólogo de 2016.
No primeiro trimestre, o INE estimou que 11,8% do total de jovens (265,5 mil) não estavam empregados, nem a estudar ou em formação, registando-se uma diminuição dos chamados jovens "nem nem" de 1,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior.
No primeiro trimestre de 2017, a taxa de desemprego foi superior à média nacional em quatro regiões do país: Região Autónoma da Madeira (12,5%), Norte (10,9%), Área Metropolitana de Lisboa (10,8%) e Algarve (10,6%).
As taxas de desemprego da Região Autónoma dos Açores (9,3%), do Alentejo (9,0%) e do Centro (8,1%) situaram-se abaixo da média nacional.
Em relação ao trimestre anterior, à semelhança do sucedido globalmente para Portugal, a taxa de desemprego diminuiu em quatro regiões: Alentejo (2 pontos percentuais), Região Autónoma dos Açores (1,1 pontos percentuais), Área Metropolitana de Lisboa (0,6 pontos percentuais) e Norte (0,6 pontos percentuais).
Por seu turno, a taxa de desemprego aumentou em três regiões: Região Autónoma da Madeira (1,5 pontos percentuais), Algarve (1,2 pontos percentuais) e Centro (0,2 pontos percentuais).
Nestas estimativas trimestrais foi considerada a população com 15 e mais anos e os valores não são ajustados à sazonalidade.
Em relação ao trimestre homólogo, à semelhança do sucedido globalmente para Portugal, a taxa de desemprego diminuiu em todas as regiões, com os dois maiores decréscimos a ocorrerem no Alentejo (3,6 pontos percentuais) e na Região Autónoma dos Açores (3,1 pontos percentuais).
A população empregada, estimada em 4,658 milhões, registou um acréscimo trimestral de 0,3% (mais 14,5 mil), contrariando a evolução ocorrida em todos os primeiros trimestres da série iniciada em 2011.
Em relação ao trimestre homólogo, verificou-se um aumento de 3,2% (mais 144,8 mil), o maior desde o quarto trimestre de 2013, sinaliza o INE.