O Governo Regional da Madeira vai investir 127 milhões de euros em obras públicas em 2017, revelou ontem o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus da Madeira, Sérgio Marques.
O governante realçou que esse investimento representa 22% do Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da região para este ano.
O secretário regional fez esta revelação no debate potestativo requerido pelo Grupo Parlamentar do JPP sobre "investimento em obras públicas: passado, presente e futuro".
Sérgio Marques reconheceu que nos últimos 40 anos a Madeira realizou "investimento sem paralelo" na infraestruturação do seu território, apesar de nem tudo ter corrido bem, sublinhando que o XII Governo Regional assumiu novas prioridades na política de investimentos nas obras públicas.
"A política de investimentos é para continuar, mas pautada com rigor e prioridades", disse.
Sérgio Marques indicou que o Governo Regional tem como prioridades cumprir os compromissos já assumidos pelo anterior governo, mas deixados suspensos pelo Programa de Ajustamento Económico Financeiro, a promoção e o reforço das políticas de conservação e o investimento em infraestruturas de proteção e segurança de pessoas e bens.
Além das acessibilidades, da conservação rodoviária, da modernidade dos equipamentos de educação e de saúde e da requalificação e reordenamento das políticas de segurança de pessoas e bens, Sérgio Marques destacou como grande investimento público, a construção do novo hospital central do Funchal.
"O Governo tem este ano e o próximo para concretizar o processo de expropriação dos terrenos e contamos começar a obra em 2019", declarou, acrescentando ser necessário que o executivo regional e o da República se entendam quanto ao financiamento do projeto no valor de 340 milhões de euros.
Para Sérgio Marques, "este governo segue uma política racional e sustentável do investimento com recurso a meios próprios e a pequenas empreitadas".
A via expresso São Vicente – Boaventura [na costa norte], a variante da Madalena do Mar, a requalificação do centro do concelho de Santana, o arranjo urbanístico de São Roque, a recuperação do Centro de Saúde do Porto Santo, as escolas da Ribeira Brava e do Porto Santo e reordenamento das ribeiras foram algumas das obras elencadas pelo governante.
"O objetivo foi preparar as ribeiras para eventos extremos como o 20 de fevereiro", disse, considerando que seria "pura irresponsabilidade" o Governo Regional "atrasar a obra", tendo procurado "o equilíbrio entre a segurança e a preservação do património".
O secretário regional, no final do debate, disse que " nenhuma das bancadas pôs em questão as grandes opções do governo sobre os investimentos nas obras públicas".