"A NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] garantirá a segurança da Ucrânia e as nossas forças de defesa garantirão a segurança e a proteção dos outros membros da NATO. Para que isto se torne realidade, só é necessário uma coisa: que todos os nossos parceiros da Aliança deixem de olhar para o Kremlin quando tomam decisões importantes", sublinhou.
"Até as próprias forças internas da Rússia deixaram de olhar para o frágil mestre do Kremlin", disse Zelensky, referindo-se ao Presidente russo, Vladimir Putin, cuja "loucura", segundo Zelensky, o levou a refugiar-se num ‘bunker’ remoto.
Perante a “fraqueza” de Putin, é “absurdo olhar para trás, para um líder tão incompetente de um Estado incompetente", sublinhou ZelenskY durante um discurso no parlamento, por ocasião do Dia da Constituição da Ucrânia.
A poucas semanas da cimeira da NATO na Lituânia, a 11 e 12 de julho, Zelensky sublinhou a necessidade de a Ucrânia aderir à Aliança como "um sinal poderoso para o mundo", uma vez que se trata de um organismo que "protege e protegerá" e que tem a "superioridade moral dos vencedores".
"Ninguém duvida que a Ucrânia é capaz de se defender a si própria e aos seus aliados. A força da nossa segurança é, entre outras coisas, a força da segurança dos nossos vizinhos", reivindicou o Presidente ucraniano, sublinhando que todos os países da Europa de Leste querem que aliados como os Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido coloquem soldados perto das fronteiras com a Rússia.
Zelensky explicou também o seu plano de paz para acabar com a guerra, que inclui a retirada total das forças russas do território ucraniano e o julgamento de todos os responsáveis pela invasão.
"A Ucrânia nunca aceitará nenhuma das opções de congelamento do conflito", afirmou, insistindo no facto de que a paz “deve ser justa" e que a pausa no conflito apenas o prolongará antes de voltar a deflagrar.
O Presidente ucraniano também propôs a fórmula de paz que defende como alternativa a futuros conflitos internacionais e considera óbvio que a Ucrânia reforçou todas as alianças em que participou.
"Demos força à União Europeia como nunca antes", argumentou.