A descolagem de Beja ocorreu passavam 5 minutos da meia-noite em Portugal continental, tendo a aterragem em Porto Santo ocorrido às 08.30 horas
Estas 8.25 horas de voo foram essenciais para a avaliação da autonomia do SANT, da capacidade das comunicações via satélite entre estações em terra e a aeronave e do sistema de comando e controlo a longas distâncias.
Este voo permitiu, igualmente, identificar requisitos que possibilitem a edificação da capacidade de vigilância marítima a longa distância, com vista à utilização deste tipo de sistemas em missões de vigilância da nossa Zona Económica Exclusiva, a partir do Continente, dos Açores e da Madeira. Foi ainda possível efetuar avaliações técnicas, essenciais à ponderação de futuras aquisições deste tipo de sistemas.
Para esta missão foram empenhadas duas tripulações, compostas, cada uma, por cinco elementos da Marinha, do Exército e da Força Aérea, a operar a partir de Beja e Porto Santo. A monitorizar a missão esteve, igualmente, o Comando Conjunto para as Operações Militares (CCOM), em Oeiras.
As Forças Armadas Portuguesas têm vindo a empregar SANT em várias missões operacionais, tanto em terra como no mar, destacando as missões realizadas em reforço da prevenção e combate aos incêndios rurais.
Finalmente, tendo presente que este ano se comemora o centenário da Travessia do Atlântico Sul pelos aviadores navais portugueses Almirante Gago Coutinho e Comandante Sacadura Cabral, a realização deste voo constitui-se, também, como uma singela homenagem a esse feito maior da nossa história aeronaval.