Segundo Remígio Ceballos, os militares “foram recebidos pelo General Chefe Vladimir Padrino (ministro venezuelano da Defesa) e o capitão Diosdado Cabello (segundo homem do chavismo) através da Operação Escudo Bolivariano Águila Centenária”.
“Ao chegarem à Capital e por instruções do nosso Comandante-chefe Nicolás Maduro, foram recebidos e atendidos por pessoal médico militar das FANB, que lhes realizaram um estudo detalhado da sua saúde, constatando as suas excelentes condições físicas”.
“Desde o CEOFANB felicitamos e agradecemos os homens e mulheres que fizeram possível o planejamento e execução desta operação militar, que garantiu o retorno seguro dos nossos ‘Comandos’ (militares). Continuamos em Luta e Batalha! Sucesso, missão cumprida”, escreveu numa outra mensagem.
Segundo a imprensa local a operação de resgate teve lugar na noite da última segunda-feira.
Em 16 de maio último o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, confirmou, que oito militares que os familiares reclamavam estar desaparecidos, tinham sido sequestrados pela guerrilha colombiana FARC, em Apure, na fronteira com a Colômbia.
“Nas ações de combate foram ‘capturados’ [sequestrados] oito profissionais militares" explicou o ministro em comunicado.
Segundo o documento as FANB, “no pleno exercício da sua soberania” realizam, desde 21 de março, a operação “Escudo Bolivariano 2021” no Estado venezuelano de Apure, a sudoeste do país, fronteiriço com a Colômbia.
Essa operação, detalhou, teve lugar “contra grupos irregulares armados colombianos, organizações terroristas dedicadas ao tráfico de droga, rapto e extorsão, entre outras atividades criminosas, que declararam a guerra ao Estado venezuelano, ao povo e à instituição”.
Nesse mesmo dia o ministro explicou que a Venezuela estava a estabelecer os contactos para uma rápida libertação, em coordenação com o Comité Internacional da Cruz Vermelha”.
Em 10 de maio de 2021 as subversivas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) anunciaram que tinham oito militares venezuelanos em seu poder.
O anúncio foi feito através de uma carta divulgada na Internet e dirigida à Cruz Vermelha Internacional, organismo a quem pediam para “estabelecer os protocolos e mecanismos necessários para que sejam entregues” ao Governo venezuelano.
O documento explicava que “em múltiplas ocasiões, ao longo do conflito armado, social, económico e político” as FARC têm “apelado à intermediação e bons ofícios humanitários” da Cruz Vermelha Internacional, “no âmbito dos protocolos internacionais”.
Também que a Venezuela “desdobrou as ações militares ofensivas” contra as FARC e que “foram capturados como prisioneiros de guerra” os oficiais “Jhan Carlo Bemóns, Jonny Jaguay, F. Álvaro Junior Florez, José António Ramos, Estiben José Aular, Luís Coba, Paul Hernández e José Torres”.
Em 28 de abril último as FANB reforçaram as operações no estado de Apure, no sudoeste do país, na fronteira com a Colômbia, para expulsar grupos paramilitares que invadem território venezuelano.
Em 27 de abril, as autoridades venezuelanas confirmaram que “um número significativo” de oficiais das FANB morreram em combate com grupos irregulares naquele estado.