"É uma decisão obviamente política. Os militares cumprem as diretivas emanadas pela política. Houve, na sequência dos desenvolvimentos na Venezuela, uma preparação mínima relativamente a uma eventual intervenção mas esse cenário, neste momento, não está colocado em cima da mesa", afirmou, no final de uma audiência com o presidente do parlamento madeirense.
José Nunes da Fonseca está a realizar a sua primeira visita à Madeira desde que assumiu o cargo em outubro passado.
Depois de se ter reunido com Tranquada Gomes, manteve uma segunda audiência com o Representante da República na região, o juiz conselheiro Ireneu Barreto.
O general recusou-se a comentar a polémica em redor do caso de Tancos, alegando que "está no domínio da justiça", e reconheceu que a visita à região serve para "conhecer o dispositivo do Exército na Madeira e prestar tributo e reconhecimento por tudo que está aqui a ser feito".
De acordo com Nunes da Fonseca, nas competências atribuídas ao Exército, na região, a missão está a ser cumprida.
"Motivar e reconhecer que a Região Autónoma da Madeira, através da sua componente militar, no Exército, está a cumprir muito bem a missão que lhe incumbe em prol dos portugueses", disse.
Questionado sobre a importância da Zona Militar da Madeira no todo nacional, o CEME respondeu que o Exército responde "no apoio à melhoria e bem-estar das populações".