O apagão, segundo as rádios locais e internautas, afetou o Distrito Capital, Miranda, Zúlia, Yaracuy, Guárico, Barinas, Trujillo, Vargas, Portuguesa, Monagas, Falcón e Lara.
Em Caracas, o apagão foi precedido por uma descida rápida de voltagem que em localidades como Chacaíto (leste) desligou vários aparelhos de ar condicionado.
O Metropolitano de Caracas anunciou que devido à falha elétrica as linhas 1, 2 e 3 deixaram de estar ao serviço e foi ativado um "plano de contingência" com autocarros da empresa para transportar passageiros na Zona Rental, Propátria, Zoológico, Las Adjuntas e La Rinconada, esta última de onde partem milhares de pessoas que vivem em cidades-dormitório como Charallave e Los Valles del Tuy (ambas a sul da capital).
Através do Twitter, a empresa estatal Corporação Elétrica da Venezuela (Corpoelec) confirmou que várias zonas da capital e do vizinho Estado de Miranda foram afetadas pela falha e que estava a trabalhar para reparar a avaria.
Ainda em Caracas, milhares de pessoas concentraram-se nas paragens de autocarros, numa cidade onde o transporte público de passageiros é cada vez mais difícil, pois há cada vez menos viaturas a prestar este serviço e muitas das viaturas avariam frequentemente, o que obriga a população a dispensar mais tempo para chegar ao trabalho e regressar a casa.
O apagão afetou também o serviço de telefone, principalmente móvel, e de internet em várias regiões do país.
Em 22 de julho último, um apagão deixou a Venezuela totalmente às escuras (Caracas e os outros 23 estados) devido a uma falha na central hidroelétrica de El Guri, no Estado de Bolívar (sudeste do país), que fornece 80% da energia do país.
Em março último, a Venezuela registou dois grandes apagões que deixou o país quase na totalidade às escuras.
Desde então são frequentes as queixas de falhas no abastecimento de energia, principalmente no Estado de Zúlia, onde a população chega a estar mais de uma semana sem eletricidade.
C/ LUSA