De acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA (NWS), julho poderá ser o mês mais quente de que há registo no país, com mais de 46°C em Phoenix, no Arizona.
Esta região vive atualmente a mais longa vaga de calor de que há registo, e hoje o mercúrio ultrapassou os 43°C pelo 22º dia consecutivo.
A cerca de 500 quilómetros de distância, na Califórnia, o Vale da Morte e as suas temperaturas mais quentes do planeta atraem turistas, que querem tirar fotografias de si próprios junto a um ecrã que exibe temperaturas cada vez mais extremas.
Há quem espere que seja batido o recorde absoluto da Terra, registado a 56,6°C em 1913, mas contestado por alguns especialistas.
Durante o resto do mês de julho, a vaga de calor deverá deslocar-se para o centro do país, para as Montanhas Rochosas e para as Grandes Planícies do Midwest, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).
O mês de julho está em vias de bater o recorde do mês mais quente alguma vez registado na Terra, não só desde que há registos, mas também desde "centenas, se não milhares de anos", disse aos jornalistas o climatologista chefe da Nasa, Gavin Schmidt.
Schmidt diz que a situação não se deve apenas ao El Niño, o fenómeno climático cíclico que tem origem no Oceano Pacífico e que conduz a um aumento das temperaturas globais, mas porque "continuamos a emitir gases com efeito de estufa para a atmosfera".