“Vacina” encerrava a lista das dez palavras candidatas que esteve em votação ‘online’ durante todo o mês de dezembro do ano passado. A justificação da escolha da palavra foi a seguinte: ”Desenvolvidas em tempo recorde, as vacinas tornaram-se a maior arma contra a covid-19 e Portugal é um dos líderes mundiais na sua inoculação”.
A palavra obteve cerca de 15.000 votos, segundo dados da PE, que fez hoje a divulgação dos resultados nas suas instalações no Porto.
“A vacinação contra a covid-19 marcou o ano de 2021, não só pelo sucesso do processo que colocou Portugal num lugar cimeiro a nível mundial, mas também porque permitiu a redução do número de vítimas da doença e o alívio das restrições a que os portugueses foram sujeitos”, refere a PE.
Hoje, a cerimónia de divulgação da palavra vencedora contou com a participação do diretor do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital de S. João, no Porto, António Sarmento, que foi o primeiro cidadão a ser vacinado em Portugal contra a covid-19, em 27 de dezembro de 2020.
Em segundo lugar, na eleição d’"A Palavra do Ano", ficou “resiliência”, com 30,5% dos votos e, a fechar o pódio, “teletrabalho”, que arrecadou 9,2% dos votos.
Atrás ficaram as palavras “bazuca”, “criptomoeda” e “podcast”, respetivamente com 6,5%, 2,9% e 1,9%.
No 7.º lugar, ficou “orçamento” (1,4%), seguindo-se “mobilidade” (0,9%), “apagão” (0,7%) e “moratória” (0,6%).
Para o grupo editorial a escolha d’“A Palavra do Ano” reflete “o quotidiano da nossa sociedade em cada ano; os factos, os hábitos, os acontecimentos, as tendências e as preocupações coletivas”.
"Vacina" sucede a "saudade", eleita em 2020.
A iniciativa da PE teve início em 2009, ano em que venceu “esmiuçar”. No ano seguinte a vencedora foi “vuvuzela”, em 2011, “austeridade”, em 2012, “entroikado”, em 2013, “bombeiro”. Em 2014, a vencedora foi “corrupção”, em 2015, “refugiado”, em 2016, “geringonça”. Em 2017, “incêndios”. Em 2018, “enfermeiro” e, em 2019, “violência doméstica”.