A Universidade da Madeira (UMa) reivindica uma majoração orçamental de 4 milhões de euros por ano, tendo já apresentado a proposta ao Governo da República, disse o reitor, José Carmo, em audição no parlamento regional.
"A proposta que apresentamos foi feita com base no número de estudantes e é a mais barata, embora talvez não seja a mais justa. Estamos a falar de 4 milhões de euros para a Universidade da Madeira", explicou José Carmo.
A reivindicação junto do Governo da República envolve também a Universidade dos Açores, que, por seu lado, propõe um aumento de 7 milhões de euros.
José Carmo falava perante a Comissão de Educação, Desporto e Cultura do parlamento regional, onde sublinhou que o princípio da majoração do financiamento das universidades insulares foi aprovado por unanimidade na Assembleia da República, em 2019.
Na altura, foram solicitados estudos ao executivo para definir a fórmula, que "não foram feitos".
"Mas as universidades fizeram os seus estudos, que apresentaram ao ministro [do Ensino Superior] e às comissões de Educação da Assembleia da República e da Assembleia Legislativa da Madeira", disse José Carmo.
A proposta insular defende que as verbas sejam canalizadas através do Fundo de Coesão e de forma faseada, até atingir o total – 4 milhões de euros para a Madeira e 7 milhões para os Açores – no fim da atual legislatura.
O reitor disse que a majoração é fundamental para compensar os custos da insularidade e fomentar a coesão territorial, sublinhando que permitiria "pensar e projetar" a universidade de outra forma.
José Carmo disse que o orçamento da Universidade da Madeira ronda os 20 milhões de euros, incluindo a Ação Social, sendo que a dotação do Estado – 12,6 milhões – "não chega para cobrir 80% dos salários".