“Os jornalistas desempenham um papel essencial na difusão da informação durante um conflito e nunca devem ser um alvo”, afirmou, num comunicado, a responsável da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), sobre as mortes da ucraniana Oleksandra Kuvshynova, de 24 anos, e do repórter de imagem irlandês Pierre Zakrzewski, de 52 anos.
Ambos trabalhavam para o canal televisivo norte-americano Fox News e morreram quando o veículo em que seguiam foi baleado enquanto faziam uma reportagem perto de Kiev, ao passo que um terceiro elemento da equipa, o britânico Benjamin Hall, ficou gravemente ferido.
Azulay pediu “o respeito das normas humanitárias internacionais para garantir a proteção dos jornalistas e dos profissionais da informação”.
Com estas mortes, são já cinco os jornalistas mortos durante este conflito, que começou a 24 de fevereiro.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de 4,8 milhões de pessoas, mais de três milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 20.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares.
Embora admitindo que “os números reais são consideravelmente mais elevados”, a ONU confirmou hoje pelo menos 691 mortos e 1.143 feridos entre a população civil, incluindo mais de uma centena de crianças.
Lusa