Num comunicado divulgado hoje, a UNESCO listou as 28 candidaturas que vão ser votadas no próximo mês, na sessão que vai decorrer entre 21 e 31 de julho em Nova Deli, na Índia, nas quais se inclui também o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no Brasil.
Em 2022, o Governo Regional da Madeira dizia ter a expectativa de que as Levadas fossem votadas no ano seguinte, após três anos de trabalho, que envolveu também a Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM), a empresa Água e Resíduos da Madeira (ARM) e a Direção Regional da Cultura, contando ainda com a colaboração do historiador Rui Carita, do engenheiro civil especializado em hidráulica Jorge Pereira e do geógrafo Raimundo Quintal.
“Dos canais públicos principais escolhemos oito levadas que, no nosso entender, são as que representam melhor a história da água na Madeira a partir do século XVIII”, disse a então secretária regional do Ambiente, Susana Prada, em fevereiro de 2022.
Na ilha da Madeira, os canais para transportar água começaram a ser construídos no século XV, no início do povoamento, e a obra prosseguiu até ao século XX, originando uma rede com cerca de 3.100 quilómetros.
As levadas dos séculos XV e XVI estão desativadas, pelo que a candidatura à UNESCO seleciona um conjunto de canais construídos entre os séculos XVIII e XX, que atualmente são também utilizados como percursos turísticos, constituindo um dos principais cartazes da região.
A lista de Património Mundial da UNESCO inclui, neste momento, 1.199 bens em 168 países, 17 dos quais em Portugal, como os mosteiros dos Jerónimos, de Alcobaça e da Batalha, o Santuário do Bom Jesus, em Braga, ou os centros históricos do Porto, Guimarães, Évora e Angra do Heroísmo.
Lusa