O Tribunal Judicial da Comarca da Madeira agendou para hoje o início do julgamento de um dos dois homens considerados suspeitos dos crimes de fogo florestal que provocaram os incêndios em agosto do ano passado na Madeira.
O homem com 50 anos, natural da Madeira, é suspeito de ter ateado o fogo na zona da freguesia da Camacha, concelho de Santa Cruz, e foi detido pela Polícia de Segurança Pública (PSP) na noite de 15 para 16 de agosto.
O arguido terá alegadamente ateado fogo numa área florestal perto da casa onde reside, no sítio do Vale Paraíso, naquela freguesia, o menos grave dos processos relacionados com os incêndios de agosto do ano passado, que provocaram três mortos, um ferido grave, dezenas de desalojados e de casas destruídas e prejuízos materiais avaliados em 157 milhões de euros.
O homem é suspeito de ter provocado um incêndio que queimou cerca de 1200 metros quadrados de mato, arbustos e eucaliptos, que não resultou em mais prejuízos porque o irmão alertou para a situação e os bombeiros da localidade tiveram uma rápida intervenção.
Depois de ter sido submetido a um interrogatório judicial a 17 de agosto, o homem ficou a aguardar julgamento em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional do Funchal.
De acordo com as declarações proferidas na altura pelo presidente da Comarca da Madeira, Paulo Barreto, a medida de coação teve como fundamento o "perigo de fuga" e a possibilidade de "continuação da atividade criminal", visto que o homem é reincidente neste tipo de crime.
Um outro homem com 23 anos, considerado responsável pelo incêndio que deflagrou na freguesia de São Roque, nas zonas altas do Funchal, e atingiu maiores proporções, está igualmente em prisão preventiva.
O julgamento ainda não está agendado no portal Citius.
LUSA