Israel e os Emirados anunciaram em 13 de agosto terem alcançado um acordo, que será assinado hoje sob a égide dos Estados Unidos, que torna o país do Golfo o terceiro Estado árabe a reconhecer o Estado hebreu, depois do Egito e da Jordânia, antes da inclusão neste lote do Bahrein, que na semana passada anunciou idêntico gesto.
Mas, poucas semanas depois do acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos surgiu o primeiro problema, com Israel a manifestar-se contrário às intenções dos EAU de comprar caças militares aos Estados Unidos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alegou a necessidade de o seu país manter a supremacia militar na região, para se opor à compra dos aviões militares por parte dos Emirados.
Hoje, Trump esclareceu que não se oporá a este negócio, apesar da oposição de Israel.
“Pessoalmente, não terei qualquer problema com isso. Não terei qualquer problema em vender-lhes F-35”, disse o Presidente norte-americano, durante uma entrevista à estação televisiva Fox News, três horas antes da assinatura do acordo entre Israel e os Emirados.
Trump alega a importância deste negócio para os EUA, salientando o número de postos de trabalho que ele permitirá.
Contudo, na semana passada, o conselheiro e genro de Trump, Jared Kushner, admitiu que a venda ainda estava a ser alvo de análise.
“É um tema que ainda estamos a discutir, em fase de consulta”, disse Kushner, garantindo que os EUA sempre respeitarão a superioridade militar de Israel.
“Mas os Emirados Árabes Unidos são um grande aliado do exército dos Estados Unidos”, acrescentou Kushner, lembrando que o país hebraico é uma peça importante para responder às ameaças do Irão, no Médio Oriente.
C/Lusa