De acordo com uma publicação feita por Lyudmyla Denisova na rede social Telegram, já morreram três jornalistas e 35 ficaram feridos desde 24 de fevereiro, dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia.
O jornalista e cineasta norte-americano Brent Renaud morreu baleado no domingo, nos arredores de Kiev. Também os jornalistas ucranianos Yevgeny Sakoun e Viktor Doudar morreram.
A comissária do parlamento da Ucrânia para os direitos humanos delatou também os casos de jornalistas da Suíça, da República Checa, da Dinamarca e do Reino Unido feridos pelo que considerou ser “fogo inimigo intencional”.
“O inimigo [os militares da Rússia] também está a tentar destruir a infraestrutura audiovisual ucraniana”, acrescentou Denisova, exemplificando com os tiroteios contra as torres de estações de televisão em Liev, Lutsk e Rivne – este último, na segunda-feira, já provocou a morte a 19 pessoas.
Entretanto, o jornalista ucraniano Oleg Baturin, que estava a noticiar os desenvolvimentos da guerra a partir da região de Kherson, parcialmente ocupada pelos militares russos, está desaparecido há três dias e várias organizações não-governamentais (ONG) denunciaram que poderá estar em causa a sua detenção.
O jornalista do diário Novy Den desapareceu na localidade de Kakhova, de acordo com um comunicado conjunto da Federação Internacional de Direitos Humanos e da Organização Mundial contra a Tortura.
“O jornalista saiu de casa sem sequer levar a sua documentação ou o telemóvel, e informou que regressaria em poucos minutos”, explicaram as ONG na nota, referindo que a localidade em questão está sob o controlo das tropas russas.
Lusa