O Sporting é o emblema com mais integrações, após já ter recebido nove futebolistas, com idades entre 10 e 16 anos, que estavam a competir nos ucranianos do Dnipro e, devido à invasão da Rússia à Ucrânia, vão passar a treinar com as equipas de formação dos ‘leões’ no Polo do Estádio Universitário de Lisboa e na Academia de Alcochete.
Já a Fundação Benfica acolheu quatro crianças provenientes daquele país de leste, em igual quantidade às camadas jovens do Alcochetense, enquanto o Feirense passou a ter nas suas equipas de formação dois rapazes de 10 e 11 anos e uma menina de 17.
Se o Sporting de Braga contratou ao Dínamo Kiev um atleta de 18 anos, que veio para Portugal acompanhado da mãe e da irmã, o Mafra conta com dois atletas de sete e oito anos e o Quinta dos Lombos com um par de futsalistas da seleção feminina da Ucrânia.
Estoril Praia, Caldas, Sesimbra e União de Santarém receberam um jovem jogador cada, respondendo a uma iniciativa em que o Vitória de Guimarães anunciou estar disponível para acolher, em 13 modalidades, refugiados até aos 17 anos provenientes da Ucrânia.
Além das integrações de atletas em clubes, houve várias iniciativas paralelas nas últimas semanas para ajudar o povo ucraniano, entre as quais uma campanha de angariação de fundos lançada por FPF, Missão Continente e TVI, que acumulou 1,6 milhões de euros.
O organismo regulador do futebol português integrou ainda duas cidadãs ucranianas – Slava no Canal 11 e Olena na Casa dos Atletas -, ao passo que Boavista, Benfica, Estoril Praia, Fundação Sporting e Sporting lançaram ações de recolha de bens alimentares e a União de Leiria transformou o seu estádio em dormitório para rececionar 54 refugiados.
Sob o mote ‘Cada clube, uma família’, a FPF tem incentivado os clubes nacionais a funcionarem como célula de acolhimento, encontrando emprego para uma pessoa adulta refugiado e oferecendo a prática do futebol aos filhos ou menores do agregado familiar.
Os clubes que aceitarem o repto vão proporcionar o emprego, cuja inscrição das ofertas pode ser feita na plataforma do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), deixando o financiamento da prática desportiva dos jovens ucranianos a cargo da FPF.
O projeto foi anunciado em 04 de março e tem como embaixadores o treinador de futebol Paulo Fonseca e a mulher, Katerina Fonseca, de nacionalidade ucraniana, que foram repatriados no mês passado de Kiev, onde assistiram ao início da ofensiva militar russa.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior, e causou
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa