"Esta foi uma decisão do Governo, de todos os secretários no dia de abertura fazerem uma visita às respetivas escolas que frequentaram", afirmou o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, que se deslocou à Escola Secundária Francisco Franco, no Funchal, no âmbito do projeto "Governo vai à escola".
Miguel Albuquerque argumentou que esta iniciativa é "um sinal de consideração e importância que atribuí à educação e todo o esforço feito pela comunidade educativa no sentido de haver uma melhor educação na Madeira, porque são as futuras gerações que estão em causa".
O governante insular sublinhou que é ainda o reconhecimento de todo o "esforço feito para o novo ano letivo começar da melhor maneira, sem perturbações, quer no âmbito da colocação de professores, quer de toda a logística que é necessária para que o ano comece em paz".
O chefe do executivo regional sublinhou que quando nestas ocasiões "surgem os problemas", os responsáveis são "confrontados com esses problemas, muitas vezes de forma dramática".
"Este ano as coisas correram, como vão continuar a correr, sem dramas, sem confusões, [o que] resulta do trabalho articulado de toda a comunidade educativa, dos técnicos da Secretaria Regional da Educação e é importante realçar essa circunstância", sustentou.
Miguel Albuquerque recordou os tempos em que andou naquela escola, na qual, afirmou, foi "muito feliz" e "obteve excelentes resultados", considerando que "estruturalmente está muito semelhante".
Sobre a mensagem que transmitiu aos alunos, referiu que tentou abordar aspetos relacionados com as "dificuldades em fazer a ligação entre a educação que é ministrada e a utilização dessa educação na vida real e profissional".
Apontou a "importância da Química, que é uma das áreas mais avançadas na vida económica da Madeira", da Matemática e Robótica, dada a relevância da "inteligência artificial nas empresas tecnológicas e o peso que já têm na economia regional, não descorando as Humanidades".
Para Miguel Albuquerque, "a proximidade à comunidade estudantil e os professores são decisivos para o futuro da Madeira", destacando que a região "a única possibilidade que tem é aproveitar o novo ciclo da economia digital, criando valor acrescentado nessa área".
"Temos que aproveitar, neste momento, sendo a educação regionalizada, para ministrar a melhor educação aos nossos alunos, aplicar bem os impostos dos madeirenses e porto-santenses e isso é uma responsabilidade que cabe aos políticos, aos pais e à classe dos professores, que é liderante e importante nós apoiarmos", vincou.
O líder madeirense aproveitou para insistir na reivindicação da Madeira e promessa do primeiro-ministro para reduzir os juros do empréstimo de 1.500 milhões de euros concedido para fazer face à dívida da região.
"Porque neste momento não faz nenhum sentido o Estado estar a pagar ao exterior uma taxa de juro mais baixa e nós aguardamos há dois anos, e é um compromisso do líder da oposição no sentido da taxa 3.375 ser reduzida, porque isso dá imediatamente para a Madeira mais 10 ME para aplicarmos em setores cruciais como a educação", realçou.
Miguel Albuquerque ainda mencionou que o Presidente da República tem uma visita prevista à Madeira a 04 de outubro e que vai reunir-se com António Costa no âmbito da preparação do Orçamento de Estado para o próximo ano.
LUSA