Jurubith Rausseo, de 27 anos, morreu numa clínica depois de ter sido atingida na cabeça por uma bala durante os protestos. A informação foi avançada pela organização não-governamental Observatório Venezuelano de Conflito Social.
Juan Guaidó confirmou esta morte através da rede social Twitter. “Comprometo-me a fazer com que a morte de Jurubith Rausseo, de apenas 27 anos, numa sala de cirurgia, pese a quem decidiu disparar contra um Povo que decidiu ser livre”.
“Isto tem de parar e os assassinos terão de ser responsabilizados pelos seus crimes. Dedicarei a minha vida a que assim seja”, sublinhou o presidente interino da Venezuela.
Outras organizações de direitos humanos dizem existir 46 pessoas feridas depois dos confrontos de quarta-feira. Vinte pessoas terão sido baleadas, entre as quais cinco jornalistas.
Juan Guaidó afirmou, durante um discurso em Caracas ainda na quarta-feira, que “todos os dias haverá protestos” até que o povo alcance a sua liberdade. “Vamos permanecer nas ruas até que a Venezuela seja livre”.
No entanto, perante as circunstâncias violentas que marcaram os dois primeiros dias de protestos, é ainda incerto que as manifestações continuem esta quinta-feira.
A casa do membro da oposição Leopoldo López foi assaltada na quarta-feira por várias pessoas que testemunhas identificaram como membros do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN).
“Foi o SEBIN, o SEBIN dos bandidos, porque existem membros desse serviço que são patriotas e querem a liberdade da Venezuela”, defendeu Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López.
Donald Trump garante que os Estados Unidos estão a fazer todos os possíveis para resolver a crise na Venezuela.
“Estamos a fazer tudo o que podemos, exceto o máximo que poderíamos fazer”, declarou o Presidente norte-americano, referindo-se a opções mais extremas que “algumas pessoas gostariam que” os EUA tomassem.
“Algumas [das opções] eu nem sequer gosto de mencionar porque são bastante fortes”, assegurou. “[A Venezuela] está tão má e perigosa… Algo vai ter de ser feito. Muitas coisas vão acontecer na próxima semana. Vamos ver o que acontece”, acrescentou.
O secretário de Estado Mike Pompeo tinha já afirmado que a ação militar é uma possibilidade. “Se isso for o que é preciso, então é isso que os EUA irão fazer”, afirmou.
Nicolás Maduro, por outro lado, culpou Donald Trump pelos protestos que tiveram início na terça-feira. “Acredito verdadeiramente que os Estados Unidos nunca tiveram um Governo tão enlouquecido como este”, sustentou.