Segundo a fonte, que se baseia em dados de satélite e simulações de computador para fazer as medições, a temperatura média global na quinta-feira foi de 17,23 graus Celsius.
A média de quinta-feira superou a marca de terça-feira de 17,18, que foi igualada na quarta-feira. Na segunda-feira a média registada tinha sido de 17,01, segundo registos não oficiais.
A Agência dos EUA para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA, na sigla em Inglês) emitiu na quinta-feira uma nota de cautela sobre a informação divulgada pela Universidade do Maine, dizendo que não poderia confirmar os dados que resultam em parte de simulações de computador.
“Embora a NOAA não possa validar a metodologia ou a conclusão da análise da Universidade do Maine, reconhecemos que estamos num período quente devido às mudanças climáticas”, disse a NOAA.
Ainda assim, os dados do Maine têm sido amplamente considerados como um sinal preocupante da mudança climática em todo o mundo. Alguns cientistas do clima disseram esta semana que não ficaram surpresos com os registos não oficiais.
Robert Watson, cientista e ex-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, disse que os governos e o setor privado “não estão realmente comprometidos em lidar com as mudanças climáticas”.
Os cientistas alertam há meses que 2023 poderá registar recordes de calor à medida que as mudanças climáticas causadas pelo homem, impulsionadas em grande parte pela queima de combustíveis fósseis como carvão, gás natural e petróleo, aquecem a atmosfera.
Estas observações são provavelmente uma antecipação do que aí vem com o fenómeno designado El Niño (em Castelhano) – geralmente associado a um aumento das temperaturas à escala mundial -, complementado com os efeitos do aquecimento climático causado pela atividade humana.
Lusa