A taxa de criminalidade na África do Sul aumentou 1,8% num ano com 52 assassinatos por dia, num total de mais de 19.000 mortes em doze meses, segundo estatísticas oficiais publicadas hoje.
A província que registou o maior número de assassinatos foi KwaZulu-Natal, no leste do país, afetada pela violência política, seguida de Gauteng, que inclui Joanesburgo e Pretória, a capital.
"Nos últimos quatro anos fiscais, os assassinatos seguiram uma curva ascendente", disse o ministro da Polícia, Fikile Mbalula, citado pela agência noticiosa France-Presse.
Entre abril de 2016 e março de 2017 morreram 19.016 pessoas, mais do que as 18.673 dos doze meses anteriores, indicou Fikile Mbalula.
Os dados referem também um total de 39.828 violações registadas, 109 por dia, valor que está abaixo do ano anterior, com 41.503 registos.
O número de “carjackings” atingiu o recorde dos últimos dez anos, tendo sido registados 16.717.
A Aliança Democrática, o principal partido da oposição, duvidou da veracidade das estatísticas, questionando se a taxa de criminalidade não seria maior.
A polícia sul-africana é regularmente acusada de subestimar o nível de criminalidade, embora as autoridades afirmem que tem havido um decréscimo desde o fim do “apartheid” em 1994.
LUSA