Esta variável tem diminuído continuamente desde 2013 (primeiro ano da série), ano no qual atingia 28,0%, sendo que em oito anos decresceu 17,8 p.p.. Não obstante a taxa de abandono precoce regional ser superior à nacional, observa-se uma convergência dos valores: enquanto em 2013, essa discrepância era de 7,2 p.p., em 2021 não ultrapassava os 1,7 p.p.. De notar que, em 2021, tal como nos oito anos anteriores, a taxa em questão é maior para os homens (12,6%) do que para as mulheres (7,6%). No entanto, a aproximação entre as duas taxas ao longo do período em análise é evidente, com o diferencial a passar de 16,5 p.p. em 2013 para 5,0 p.p. em 2021.
As taxas de escolaridade do nível de ensino básico e do nível de ensino secundário têm vindo a aumentar entre 2011 e 2021. No primeiro caso, o indicador reflete a proporção da população residente com idade entre 20 e 64 anos com pelo menos o 3.º ciclo do ensino básico completo, no total da população residente do mesmo grupo etário, alcançando no último ano o valor de 70,2% (48,3% em 2011 e 67,4% em 2020). Já a taxa de escolaridade do nível de ensino secundário, que representa a proporção da população residente que concluiu o nível de escolaridade secundário, no total da população residente com idade entre 20 e 64 anos, aumentou de 31,6% em 2011 para 53,8% em 2021 (49,9% em 2020). Considerando apenas o grupo etário 20-24 anos, esta última taxa atingiu na RAM, em 2021, 80,8%. A nível nacional as taxas de escolaridade, em 2021, eram de 80,1% no caso do ensino básico e de 62,3% para o ensino secundário.
Por sua vez, a taxa de escolaridade do nível de ensino superior da população residente na RAM com idade entre 30 e 34 anos (média móvel de 3 anos) fixava-se em 33,7% em 2021 (41,8% nas mulheres e 26,0% nos homens). Apesar desta percentagem ser ainda inferior à média nacional (39,8%), constitui o valor mais alto desde 2013 (1.º ano da série).
17,5% dos jovens não estavam empregados nem a estudar ou em formação
Depois do mínimo (14,0%) registado em 2019, a percentagem de jovens (16-34 anos) não empregados que não estão em educação nem em formação (NEEF) cresceu 4,3 p.p. em 2020, atingindo os 18,3%. Em 2021, esta percentagem decresceu 0,8 p.p., situando-se em 17,5%. Note-se que a variação deste indicador foi semelhante nos grupos etários 16-24 anos e 25-34 anos. À exceção de 2011, a percentagem de jovens que NEEF foi sempre superior no grupo etário 25-34 anos, situando-se em 2021 em 20,9%, não ultrapassando os 13,7% no grupo 16-24 anos. No ano que terminou, a taxa das mulheres entre 16 e 34 anos que não estão em educação nem em formação (19,2%) foi superior à dos homens (15,8%). À percentagem de NEEF de 17,5% em 2021 equivalem 10,5 mil jovens, dos quais 55,2% estavam inativos (5,8 mil) e 44,8% desempregados (4,7 mil).
A nível nacional, as taxas dos três grupos etários em análise foram sempre inferiores às da Região. Entre 2020 e 2021, assistiu-se também a uma diminuição da referida taxa, passando no grupo etário 16-34 anos de 12,2% em 2020 para 10,7% em 2021 (-1,5 p.p.). Neste último ano, a diferença entre homens e mulheres é pouco expressiva, sendo de 10,8% e 10,6%, respetivamente. Por grupo etário, em 2021, a taxa de jovens que NEEF com idade entre 16 e 24 anos situou-se em 8,4% e no grupo etário entre 25 e 34 anos foi de 12,7%.
Taxa de escolarização no ensino superior fixou-se em 13,4% em 2020/2021
No ano letivo em análise (2020/2021), nos 8 estabelecimentos que ministravam o ensino superior na RAM, contabilizaram-se 3,7 mil alunos (mais 368 alunos que no ano letivo anterior) e 401 docentes (mais 5 face ao ano letivo anterior). Do total de alunos inscritos, 86,8% frequentavam o ensino público e 13,2% o ensino privado.
A taxa de escolarização no ensino superior fixou-se em 13,4% em 2020/2021 (11,8% no ano letivo anterior), constituindo o valor mais alto desde 2003/2004.
De acordo com os dados divulgados (fornecidos pela Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência – DGEEC), no ano letivo de 2020/2021, 8,6 mil alunos com residência na RAM estavam inscritos em estabelecimentos do ensino superior em Portugal. Desde 2015/2016, este indicador tem mantido uma tendência crescente. Do total de alunos inscritos, 41,3% estudavam nos estabelecimentos de ensino da RAM, 27,9% na Área Metropolitana de Lisboa, 13,7% na região Norte, 12,8% na região Centro, 2,7% no Alentejo, 1,1% no Algarve e apenas 0,5% na Região Autónoma dos Açores.
Por tipo de curso/ciclo de estudo, em 2020/2021, é possível constatar que 60,8% dos alunos estavam inscritos em licenciatura 1.º ciclo, 15,4% em mestrado integrado, 12,9% em mestrado 2.º ciclo, 5,7% em curso técnico superior profissional e 2,8% em doutoramento e doutoramento 3.º ciclo. Do total destes alunos, 89,9% estavam inscritos no ensino público e 10,1% inscritos no ensino privado.