O ministério explicou que os 37 aviões que entraram na Zona de Identificação Aérea (ZIA) da ilha, a partir do sudoeste, incluíam caças J-10 e J-11, bombardeiros H-6 e aviões de transporte YU-20 e de sistema de alerta aéreo antecipado e de controlo aerotransportado.
Na publicação lê-se ainda que os aviões chineses, que iniciaram as incursões pelas 05:00 locais (21:00 de quarta-feira em Lisboa), encontravam-se a fazer um “treino de reconhecimento aéreo de longo alcance”.
As forças de Taiwan declararam também que "vários aviões" continuaram a sua passagem para o Oceano Pacífico através da parte sudeste da ZIA da ilha.
A força aérea da ilha “vigiou a situação” com patrulhas aéreas de combate e navais, bem como com sistemas de mísseis de terra.
As incursões de aviões militares do Exército Popular de Libertação chinês na ZIA de Taiwan aumentaram consideravelmente a partir do final de 2021, tornando-se mais frequentes após a viagem da então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha, no verão de 2022.
Pequim acusou recentemente os EUA de “procurar problemas” e defendeu a manobra de um navio militar chinês a apenas 137 metros de um contratorpedeiro americano no Estreito de Taiwan, ocorrida no sábado, ação que Washington classificou de "insegura".
Os Estados Unidos alegaram que o contratorpedeiro estava em águas internacionais quando ocorreu o incidente no sábado, enquanto Pequim defendeu que se tratava das suas águas territoriais.
A China insiste em “reunificar” a República Popular com a ilha, que se governa de maneira autónoma desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para a ilha em 1949, depois de terem perdido a guerra civil contra os comunistas, prosseguindo com o regime da República da China, que culminou com a transição para a democracia na década de 1990.
Lusa