O suspeito de ter ateado um incêndio florestal no concelho madeirense da Calheta foi hoje ouvido em tribunal e ficou em prisão preventiva, uma medida de coação substituída por internamento numa instituição de saúde mental, anunciou fonte judicial.
O presidente da Comarca da Madeira, Filipe Câmara, disse à agência Lusa que o homem com 45 anos que foi detido na sexta-feira por suspeita de ter ateado um incêndio em área florestal na Calheta, na zona oeste da Madeira, que se propagou ao município vizinho do Porto Moniz, na costa norte da ilha, está indiciado pela prática de um crime de incêndio florestal.
“Ficou em prisão preventiva, substituído por internamento preventivo numa unidade de saúde mental”, adiantou o responsável.
Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) referiu que o suspeito foi detido “em flagrante delito".
De acordo com o Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, desde o dia 04 de outubro foram registados vários focos de incêndios nos concelhos da Ribeira Brava, Ponta do Sol, Câmara de Lobos e Calheta, todos localizados na zona oeste da ilha, e desde quinta-feira também no município do Porto Moniz, na costa norte.
O Governo da Madeira declarou na quinta-feira a situação de contingência devido aos incêndios e ativou o Plano Regional de Emergência de Proteção Civil por um período de cinco dias, até segunda-feira.
O arquipélago da Madeira encontra-se sob aviso meteorológico laranja desde a semana passada devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima, que diariamente ultrapassa os 30 graus. A situação vai prolongar-se até às 23:00 de domingo.
Hoje, a Proteção Civil da Madeira indicou que quatro incêndios continuam hoje ativos na zona oeste e costa norte da Madeira, dois dos quais deflagraram durante a noite, mas não ameaçam habitações, indicou o Governo Regional, referindo que o combate envolve 100 operacionais.
Lusa