A Suíça, que venceu hoje pela terceira vez o concurso, recebeu 365 pontos dos júris internacionais e 226 do público.
Portugal, que esteve representado por Iolanda, com a canção “Grito”, ficou em 10.º lugar, com 152 pontos (139 dos júris internacionais e 13 do voto do público).
Portugal recebeu pontos da Ucrânia (três), Reino Unido (12), Luxemburgo (três), São Marino (cinco), Malta (um), Croácia (12), Albânia (cinco), República Checa (três), Israel (três), Portugal (três), Arménia (10), Eslovénia (oito), Geórgia (quatro), Suíça (sete), Moldávia (quatro), Grécia (seis), Países Baixos (oito), França (12), Bélgica (dois), Islândia (quatro), Letónia (um), Irlanda (cinco), Polónia (seis), Lituânia (oito) e Suécia (quatro).
O ‘top3’ da 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção fica completo com a Croácia, representada por Baby Lasagna, com o tema “Rim Tim Tagi Dim”, que conseguiu 547 pontos (210 dos júris e 337 do público), e a Ucrânia, representada por Alyona Alyona e Jerri Heil, com 453 pontos (146 dos júris e 307 do público).
A Ucrânia foi o segundo país mais votado pelo público, sendo superado apenas por Israel, que obteve 323 pontos do público, aos quais se juntaram 52 pontos dos júris internacionais.
Israel recebeu pontos de Malta (três), Noruega (oito), Alemanha (oito), Geórgia (quatro), Moldávia (três), Estónia (cinco), França (três), Bélgica (cinco), Letónia (dois), Chipre (oito) e Lituânia (quatro).
Durante a atuação da representante israelita, Eden Golan, ouviram-se vaias e assobios dentro da Malmö Arena.
Além disso, de acordo com jornalistas presentes na arena, Eden Golan também foi vaiada durante o desfile das bandeiras, no início da cerimónia, algo que não foi percetível na emissão televisiva.
Também a porta-voz de Israel que anunciou a pontuação dada pelo júri daquele país às canções em competição foi vaiada pelo público presente na Malmö Arena.
Enquanto a final do Festival Eurovisão da Canção decorria, milhares de pessoas protestavam do lado de fora da Malmö Arena contra a participação de Israel no concurso.
A 68.ª edição do Festival Eurovisão da Canção fica marcada pelo conflito israelo-palestiniano, que dura há décadas, mas intensificou-se após um ataque do grupo palestiniano Hamas em Israel, em 07 de outubro, que causou quase 1.200 mortos, com o país liderado por Benjamin Netanyahu a responder com uma ofensiva que provocou mais de 34 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo balanços das duas partes.
Na final, a representante portuguesa apresentou-se no desfile das bandeiras com um vestido de uma marca palestiniana, que já tinha usado no domingo, no desfile na passadeira turquesa (onde desfilam os representantes de todos os países, marcando assim o início dos espetáculos ao vivo do concurso), em Malmö.
Na mesma ocasião, Iolanda tinha as unhas pintadas com o padrão do ‘keffiyeh’, um lenço que é símbolo da resistência palestiniana. Na final do concurso, Iolanda voltou a apresentar-se com as unhas pintadas com o padrão do ‘keffiyeh’.
Em palco, quando terminou a atuação, a cantora portuguesa disse que “a paz vai prevalecer”.
Já porta-voz de Portugal nas votações, a cantora Mimicat, foi das poucas que aproveitou o tempo que esteve no ar para deixar uma mensagem de paz.
Mas, Iolanda não foi a única que terminou a atuação na final com apelos à paz.
Bambie Thung, a representante da Irlanda, gritou que “o amor irá sempre triunfar sobre o ódio”, antes de abandonar o palco.
“Unidos pela música pelo amor e a paz”, foi a frase com que o cantor francês Slimane terminou a sua atuação.
Este ano o concurso começou com 37 países, e 25 chegaram à final. Deveriam ter sido 26, mas o representante dos Países Baixos, Joost Klein, foi desqualificado pela organização, devido a um incidente durante a segunda semifinal do concurso.
Além da Suíça, Croácia, Ucrânia Israel e Portugal, participaram na final do 68.º Festival Eurovisão da Canção: Suécia, Alemanha, Luxemburgo, Lituânia, Espanha, Estónia, Irlanda, Letónia, Grécia, Reino Unido, Noruega, Itália, Sérvia, Finlândia, Arménia, Chipre, Eslovénia, Geórgia, França e Áustria.