“Estou totalmente aliviado e feliz pelo facto de os 41 trabalhadores presos na derrocada do túnel de Silkyara terem sido resgatados”, declarou o ministro dos Transportes Rodoviários, Nitin Gadkari, em comunicado.
O ministro elogiou os “esforços bem coordenados” que conduziram a “uma das maiores operações de salvamento dos últimos anos”, segundo a agência francesa AFP.
Os trabalhadores ficaram presos na madrugada de 12 de novembro, quando uma secção de um túnel em construção ruiu, deixando-os separados da entrada por uma “parede” de escombros com quase 60 metros de espessura.
Quando o primeiro trabalhador foi retirado, Pushkar Singh Dhami, o mais alto funcionário eleito do Estado de Uttarakhand, ofereceu-lhe uma grinalda e pendurou-a ao pescoço, enquanto os socorristas, funcionários e familiares aplaudiam.
Uma multidão de habitantes locais gritou ‘slogans’ como “Viva a mãe Índia” e ouviu-se o rebentar de fogo-de-artifício, segundo relatou a agência norte-americana AP.
“Todos estão sãos e salvos”, afirmou um porta-voz do governo local.
Os trabalhadores foram recebidos, um a um, pelas equipas de salvamento triunfantes e por alguns familiares, segundo a televisão indiana NDTV, que transmitiu a operação em direto.
No exterior do túnel, algumas pessoas distribuíam caixas de “laddu”, doces de forma esférica servidos em ocasiões festivas, de acordo com a agência espanhola EFE.
Dezenas de ambulâncias aguardaram no exterior do túnel, primeiro para levar os trabalhadores para um hospital improvisado no local do acidente, antes de serem transferidos para o hospital distrital com a ajuda de helicópteros militares.
Prevê-se que os trabalhadores estejam muito fracos, apesar de terem recebido alimentos, água e medicamentos, bem como oxigénio, desde o dia da derrocada por um tubo estreito.
A missão de salvamento em grande escala atraiu a atenção do país nas últimas semanas.
A origem do acidente foi um deslizamento de terras que provocou o desabamento de uma parte do túnel de 4,5 quilómetros.
O resgate, que durou mais de 400 horas (quase 17 dias), sofreu desde o início numerosos contratempos que atrasaram significativamente o prazo previsto pelas autoridades para os retirar com vida.
Pequenos desabamentos, obstáculos metálicos que impediram a perfuração ou avarias nas máquinas de perfuração de túneis foram alguns dos percalços encontrados pelas equipas de socorro.
“A paciência, o trabalho duro e a fé venceram”, resumiu Pushkar Singh Dhami nas redes sociais.